Os Estados Unidos não mudaram de posição sobre o caso Honduras, mesmo depois das críticas ao presidente deposto Manuel Zelaya feitas pelo representante norte-americano na OEA, informou nesta terça-feira, 29 de setembro, um porta-voz do Departamento de Estado.
''O que ele disse é totalmente coerente com nossa preocupação de que ambas as partes precisam ter uma ação construtiva'', disse Philip Crowley, porta-voz do departamento, em entrevista.
O diplomata americano na Organização dos Estados Americanos, Lewis Amselem, disse na véspera que o retorno de Zelaya a Honduras e sua decisão de pedir refúgio na Embaixada do Brasil foi ''irresponsável e tola''.
Crowley reconheceu que as declarações foram feitas ''um tom acima''.
A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, havia criticado Zelaya publicamente quando o presidente deposto tentou cruzar a fronteira entre Nicaágua e Honduras em julho. Mas, depois da volta dele ao país no último dia 21, Hillary disse que isso poderia ser uma ''oportunidade'' para retomar o diálogo.
Crowley saudou a disposição do governo interino de Roberto Micheletti de aceitar uma missão de embaixadores da OEA no país. ''É o momento para o regime começar um diálogo com o presidente Zelaya'', disse.