A polícia iraquiana fechou dois escritórios da emissora de televisão iraquiana Al Baghdadia , após o canal ter recebido uma ligação telefônica de um dos terroristas que atacou no último domingo uma igreja de Bagdá, onde morreram pelo menos 58 pessoas.
O chefe dos escritórios da Al Baghdadia , no Iraque e no Egito, Abdelhamid al-Saih, explicou à agência EFE que vários policiais invadiram o escritório de Bagdá no último domingo, depois de um funcionário ter recebido um telefonema de um suposto terrorista.
A chamada telefônica foi feita no últimodomingo, mesmo dia que diversos homens armados assaltaram a igreja, no centro de Bagdá. Ao menos 58 pessoas morreram no local, tanto no ataque armado como na operação policial para libertar os reféns retidos no interior do templo.
O ataque foi reivindicado pela coalizão Estado Islâmico do Iraque, formada por grupos terroristas e liderada pela Al Qaeda.
"A pessoa que conversou com o telefonista da emissora disse que fazia parte de um grupo armado que mantinha civis como reféns em uma igreja", destacou o chefe do canal.
De acordo com o responsável da emissora, a mensagem do suposto terrorista foi rápida.
"Ele só disse: 'Nosso pedido é a libertação de nossos prisioneiros. Caso contrário, mataremos os que estão conosco'", afirmou al-Saih, em implícita alusão a membros da Al Qaeda detidos no Iraque ou em outros países da região.
Os policiais levaram o telefonista e um guarda de segurança, e os mantiveram detidos durante dois dias. No entanto, o diretor do canal declarou que a medida foi um pretexto para fechar a emissora que tem o costume de criticar o governo.
Logo após, o chefe também denunciou a invasão da Polícia em outro escritório da emissora em Basra, após ordens do primeiro-ministro iraquiano Nouri al-Maliki de interditar o local.