Uma cena difícil de imaginar: condenados à prisão perpétua, um homem e uma mulher norte-americanos trocaram sorrisos e beijos em comemoração. Jeremy Lee Moody e Christine Moody, da Carolina do Norte, Estados Unidos, admitiram ter atacado e matado propositalmente um homem e sua mulher. Segundo o jornal britânico Daily Mail, o casal afirmou que escolheu matar Charles Parker, de 59 anos, porque ele constava no registro de agressores sexuais e sua mulher, Gretchen Dawn Parker, de 51, porque ela estava em casa na hora do crime, em julho do ano passado.
Inicialmente, o casal pediu desculpas ao juiz e pediu para receber uma sentença de 30 anos de prisão, para que pudessem viver a velhice juntos. Na última terça, o juiz Lee Alford lhes deu duas penas de prisão perpétua. Após serem condenados, eles revelaram não ter arrependimentos. “Acho que Jeremy e eu faríamos isso de novo se tivésemos a oportunidade”, disse Christine aos repórteres na saída do tribunal. “Não tenho arrependimentos. Matar aquele pedófilo foi a melhor coisa da minha vida”, resumiu.
Jeremy ainda provocou a família da vítima. “Vejo vocês depois, seus pervertidos”, gritou para eles quando deixava o tribunal. Em seguida, também revelou à imprensa ter aproveitando o assassinato. “É isso que molestadores de crianças terão. Eles receberam exatamente o que mereceram. Se pudesse fazer tudo de novo, teria matado mais”, afirmou.
Uma câmera de segurança no quintal da família Parker ajudou a polícia a identificar o casal. Eles foram localizados por duas tatuagens de Jeremy: a palavra “skinhead”, marcada em seu pescoço, e “Made in America”, ou “feito da América”, na lateral da sua cabeça. Depois de ser preso, Jeremy confessou que eles tinham planos de matar uma pessoa no dia seguinte.
O casal integrava um grupo local de supremacia racial, mas eles afirmaram que os assassinatos não tiveram relação com a instituição. Os advogados de defesa alegaram que Jeremy e Christine foram abusados sexualmente quando eram crianças, o que os levou a querer se vingar. O casal disse às autoridades que já havia matado outras pessoas, mas as investigações não mostraram indícios de outros crimes.