O nível do sistema Cantareira, que abastece um terço dos moradores da Grande São Paulo (6,5 milhões de pessoas), chegou nesta quinta-feira (11) ao mesmo patamar do registrado há quatro meses, mesmo com o uso do volume morto.
Segundo dados fornecidos pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), o Cantareira atingiu hoje 9,7% de sua capacidade de armazenamento de água.
Em 6 de maio deste ano, o nível estava em 9,8%. Cerca de dez dias depois o governo do Estado começou a captar o volume morto, água que fica no fundo das represas, elevando para 26,7%.
O governo estadual descarta totalmente a opção de implantar um racionamento para reduzir o consumo de água, embora não faltem relatos de pessoas que dizem sofrer com a interrupção do fornecimento de água diariamente, principalmente no período da noite e madrugada.
Alternativas
Para evitar que falte água na torneira dos moradores da Grande São Paulo, a Sabesp informa que pretende usar uma segunda cota do volume morto do Cantareira, de cerca de cem bilhões de litros de água, "se for necessário". Desde maio a Sabesp usa 182,5 bilhões de litros da reserva técnica das represas Jaguari/Jacareí e Atibainha.
A companhia tem planos ainda de utilizar a reserva técnica do Alto Tietê. O nível do sistema, que abastece 4,5 milhões de pessoas na Grande São Paulo, chegou hoje a 14,3%, o menor de sua história.
Ainda segundo a Sabesp, a partir deste mês o sistema Rio Grande vai passar a fornecer mais 800 litros por segundo e, em outubro, será a vez do Guarapiranga fornecer mais mil litros por segundo para "desafogar" o Cantareira. O Guarapiranga está com 55,9% de sua capacidade e o Rio Grande, com 79,6%.