Harun Ibrahim nasceu em Israel em uma família muçulmana. Ele morava em uma vila árabe, perto de Jerusalém, e tinha contato com judeus, cristãos e islâmicos.
Após a Guerra dos Seis Dias em 1967, o jovem passou a duvidar da existência de Deus e questionar a fé islâmica.
“Comecei a duvidar de quem Ele era e de que lado estava. Eu tinha tantas perguntas sem resposta sobre religião: Deus realmente me ouve quando oro? Eu deveria rezar do jeito muçulmano sem abordar meus problemas pessoais? Por que eu não poderia ter um relacionamento pessoal com Deus? Por que eu tinha que rezar em certos horários?”, contou ele, em entrevista à CBN News.
"Comecei a duvidar de tudo sobre o Islã, a religião e até mesmo a existência de Deus. Depois disso, vivi anos sem acreditar em nada”.
Após se formar no ensino médio, Harun foi trabalhar em um kibutz – um assentamento agrário e comunitário em Israel. Lá, ele conheceu uma jovem cristã chamada Sari. Eles se apaixonaram, se casaram em junho de 1980 e se mudaram para a Finlândia.
Junto com outras mulheres cristãs, Sari começou a orar pela conversão do marido. “Apesar de todas essas coisas boas, a vida estava fora de controle para mim. Eu fumava maconha e bebia. Sari e eu começamos a conversar mais sobre cristianismo, islã e judaísmo”, lembrou ele.
Exortado por um evangelista
Até que, certa noite, Harun estava esperando um táxi na rua após ir a um bar e foi abordado por um evangelista.
O ex-muçulmano que havia se tornado ateu disse que já sabia tudo sobre várias religiões, mas foi surpreendido pela resposta do cristão.
"Não me importa se você é muçulmano, estudou em uma escola judaica e sua esposa é cristã. Vejo que você está bêbado. Você não estará no Reino de Deus porque Jesus disse que ninguém virá ao Pai, senão por Ele. A Bíblia é clara: Se você não tiver Jesus em seu próprio coração, não irá para o Céu”, pregou.
Impactado por Deus, Harun começou a se encontrar com o evangelista para estudar a Bíblia. O ateu ficou impressionado ao se deparar com as profecias do Antigo Testamento que apontavam Jesus como o Messias.
"Essa descoberta me abalou, e fiquei tão surpreso que os judeus não acreditassem em Jesus como o Messias, embora leiam suas sagradas Escrituras todos os dias”, comentou.
Depois de analisar as religiões, Harun foi convencido pelo Espírito Santo de seus pecados e decidiu seguir o Deus verdadeiro.
Ele passou por uma transformação radical através do Evangelho e foi despertado para evangelizar o mundo muçulmano. Harum serviu por muitos anos como missionário, alcançando islâmicos nas nações árabes.
Evangelizando através de TV por satélite
Mais tarde, o cristão percebeu que poderia usar os veículos de mídia para levar Jesus aos muçulmanos. Então, ele fundou a missão Al Hayat Ministries em 2003, que divulga o Evangelho através de um canal de TV, com testemunhos, estudos bíblicos e orientação espiritual na língua árabe.
O ministério também oferece treinamento, capacitando ex-muçulmanos que se converteram para pregarem a comunidade islâmica.
O canal de TV evangelístico possui milhares de espectadores e já levou 100.000 muçulmanos a Cristo. “Há fome no mundo muçulmano para ouvir sobre Cristo”, ressaltou Harum.
"Acho que a mídia, a TV, a internet estão aqui para nos ajudar a cumprir a Grande Comissão, e o mundo muçulmano já foi isolado, fechado, e agora, por meio dos canais via satélite, internet e redes sociais, podemos alcançar os muçulmanos”.
“Estão descobrindo a verdade”
E testemunhou: "Muitos deles estão descobrindo a verdade. Acredito que um grande avivamento está prestes a chegar a todos os países muçulmanos”.
Assim como muitos muçulmanos que se convertem à fé cristã, Harun Ibrahim enfrentou perseguição devido a seu ministério e chegou a ser ameaçado de morte.
"O Islã é uma religião que não permite que as pessoas mudem, e se você rejeitar o Islã, será punido. Você terá três dias como chance de voltar. Se não, você pode ser perseguido", explicou.
"Em muitos países, eles não matam, mas em alguns países sim. Muitas pessoas perderam seus empregos, suas famílias, seus filhos, suas esposas e, depois, suas famílias. Infelizmente, podemos dizer que, em alguns casos, eles perdem a vida”.
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