A Secretaria de Estado da Educação informou nesta sexta-feira (19) que a mãe da aluna que agrediu uma colega na Escola Estadual Professor Luiz Gonzaga Pinto e Silva, no Jardim São Luís, Zona Sul de São Paulo, procura um outro colégio para transferi-la. Após a briga, a agressora postou mensagens em uma rede social na internet.
As duas meninas não estão frequentando a escola, ainda segundo a secretaria. A agressora foi suspensa por três dias, mas já poderia ter retornado. A mãe dela, no entanto, decidiu procurar uma outra escola. A estudante agredida aguarda o início do atendimento psicológico oferecido pela secretaria para retornar aos estudos. A direção da escola informou que a jovem receberá todo o material de aula do período que ela esteve ausente.
O rosto da adolescente agredida, de 17 anos, ficou muito machucado, com várias marcas de socos e arranhões. A agressora tem a mesma idade. A briga aconteceu no corredor do colégio, no intervalo entre as aulas. As duas alunas estão na oitava série. Segundo a vítima, ela apanhou porque não quis fazer a lição da colega. Eu falei: Não vou fazer essa lição. Ela pegou e falou: Está bom. você não vai fazer? Aí, na hora de trocar de aula, ela foi e começou a me bater, contou.
Após a briga, a agressora postou mensagens em uma rede social na internet que denotavam orgulho em relação à atitude. Tadinha mesmo. Tô até com dó. A cara dela tá horrível, horrível. Briguei com uma mina lá [...] teve até polícia na escola kkkkkkkkkkk, escreveu a adolescente.
A mãe da garota agredida prestou queixa na delegacia. Ela disse que as duas filhas são vítimas constantes de provocações dos colegas. A diretora disse que ia tomar providência. Nunca tomou. Algumas vezes ela chegou a me dizer: Não posso fazer nada, disse a mãe. Segundo ela, a diretora propôs transferir as duas filhas de escola, mas a mãe se recusou por conta da proximidade do colégio em relação à sua casa. Tem toda uma comodidade e as minhas filhas têm esse direito, afirmou.
Segundo a psicanalista Vera Zimmermann, esse é um caso típico de bullying. De acordo com ela, as duas adolescentes envolvidas precisam passar por tratamento. O agressor que se apresentou depois, não podendo refletir, sentir culpa, expressou uma patologia importante que tem que ser tratada e merece preocupação, talvez até mais que a outra que se mostrou frágil, afirmou Vera.