A Nasa, agência espacial americana, divulgou nesta sexta-feira uma imagem da galáxia Pequena Nuvem de Magalhães, a 200 mil anos-luz da Terra, de uma forma nunca antes observada, pois identifica estrelas e poeira em seu interior. A fotografia, captada pela câmera do telescópio espacial Spitzer, mostra o corpo principal da galáxia (à esq.), com uma cauda que se estende para a direita.
Segundo a agência, o corpo da Pequena Nuvem de Magalhães é composto por duas estrelas velhas (cor azul) e estrelas jovens que iluminam a escuridão do espaço com poeira cósmica (verde e vermelho). Enquanto o lado esquerdo da pequena galáxia é formado por estrelas jovens, a cauda é repleta de gás, poeira e também estrelas recém formadas.
A partir dos dados registrados pelo Spitzer, os astrônomos confirmaram que a região da cauda foi recentemente arrancada do corpo principal da galáxia. Dois dos grupos da cauda, ainda incorporados às nuvens onde nasceram, podem ser vistos nos pontos vermelhos da imagem.
Estas observações estão sendo usadas pelos cientistas para estudar o ciclo de vida da poeira cósmica em toda a galáxia: a partir da formação em atmosferas estelares, ao reservatório contendo o atual meio interestelar e ao pó consumido na formação de novas estrelas. Atualmente, a poeira interestelar é pesada, medindo a intensidade e a cor da emissão de comprimentos de onda infravermelhos longos. A Pequena Nuvem de Magalhães, e sua companheira, a Grande Nuvem de Magalhães, são duas galáxias onde este tipo de pesquisa é possível.