
“Está sendo incrível participar de todos esses campeonatos - especialmente porque tenho de competir com meninos mais velhos”, conta.
Apesar da pouca idade, o garoto tem uma paixão antiga pelas motocicletas. “Meu pai pilotava em trilhas e corridas, e eu sempre ia assisti-lo”, lembra. De tanto admirar seu “velho” na pista, ele acabou se apaixonando e ganhou a primeira motinha, de 50 cilindradas, aos três anos..
“Desde então eu nunca parei de acelerar”, explica Enzo, cujo sonho atual é um dia poder pegar a moto pilotar em uma estrada.
Para 2013, o gaúcho pretende continuar evoluindo no esporte, mas nos EUA, onde, segundo ele, “os campeonatos são maiores e com vários pilotos bons”. Para isso, ele pretende ainda melhorar suas largadas, que dificultaram bastante a conquista do mundial em 2011.
Ossos do ofício
Uma corrida de motocross normalmente dura dois dias, disputados em um final de semana. No sábado, acontecem treinos livres para reconhecimento da pista e ajustes da moto, e um treino cronometrado para a entrada na largada. “No domingo, existe o warm-up, que é nada mais que um aquecimento, e a corrida, onde eu dou meu máximo”, explica ele.

As motos utilizadas nas competições são bem diferentes da de um entregador de pizzas, por exemplo, e custam entre R$ 15 mil e R$ 35 mil. “A minha tem peças especiais para poder resistir melhor aos desafios do motocross. O motor, a suspensão e as válvulas são muito importantes para um bom rendimento nas corridas”, conta Enzo.

Certa vez, ele chegou a ficar três meses sem treinar. “Foi um dos piores momentos da minha carreira”, lembra.
Queridinho das professoras
Mesmo se dedicando aos treinos e às competições com afinco, Enzo não tem problemas com a escola e garante ser o melhor da turma.
“Estudo e recupero tudo que perdi quando viajo. É melhor tentar recuperar tudo do que não passar nas provas e treinar menos ainda”, explica. “Mas meus colegas dizem que só vou bem porque as professoras me amam ”, brinca o piloto.
Segundo Enzo, seus amigos não entendem exatamente o que ele faz, mas sem problemas. “Aqui em Lajeado todo mundo só quer saber de futebol”, reclama o torcedor do Grêmio, de Porto Alegre. Nos dias livres, ele explica, a melhor pedida é jogar uma pelada com a turma da escola ou sair com a família.