Se você quer entrar em forma neste verão, mas as tradicionais aulas da academia não te animam, o picadeiro pode ser a opção. Isso mesmo, o picadeiro. A moda das aulas de circo chegou ao Brasil e não apenas para aqueles que querem se profissionalizar, mas para todos que desejam queimar calorias, definir a musculatura e, de quebra, mandar o estresse para bem longe.
"Os alunos não gostam de ser rato de laboratório: fazer algo igual sempre. As academias, portanto, perceberam que era preciso fazer algo diferente e viram nas aulas de circo uma atividade que, além de ser dinâmica, trabalha o corpo como um todo", explica Carlos Sugawara, professor e pesquisador de Artes Circenses da Vibe Fun - academia voltada para diversão.
Segundo ele, há mais de 300 modalidades de técnicas de circo que incluem acrobacias aéreas, solo e equilíbrio. "Essa diversidade permite que o aluno possa aprender coisas novas diariamente", ressalta Sugawara, que destaque entre os aparelhos mais tradicionais o tecido - dois pedaços de pano que o aluno usa para subir e fazer movimentos de queda - e o trapézio - que propiciam acrobacias aéreas a partir de um arco preso ao teto.
Outro aparelho popular entre os aprendizes circenses é o trampolim - também utilizado para o treino de acrobacias aéreas. Além dessas opções, há ainda os monociclos, os malabares e as contorções. Nos exercícios de solo, os alunos aprendem ainda a fazer rolamento, parada de mão, ponte e estrela.
Toda essa variedade, segundo Carlos, faz da aula de circo uma atividade completa. "Nela você define os músculos dos membros inferiores, superiores e abdômen", relata ele. Os exercícios também intensificam a flexibilidade, melhoram a coordenação motora, a concentração e a postura, acrescenta Rúbia Neiva, coordenadora circense da Competition. "A vantagem das aulas de circo em relação às demais atividades físicas é que elas trabalham com todos os membros e músculos", destaca.
As aulas circenses também contribuem para a redução de peso. "Uma de minhas alunas conseguiu emagrecer 16 kg em três meses", cita Rúbia, que relaciona a eficiência do processo ao empenho de cada aluno. "Ela, por exemplo, frequentava a academia de segunda a sábado." Nesse caso, é preciso ainda, paralelamente aos exercícios, ter uma boa alimentação.
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Público-alvo
Não há nenhuma restrição para aderir às aulas de circo, exceto aquelas pessoas que têm labirintite. É o que garante Rúbia, que explica que os circuitos são adaptados à idade dos alunos, bem como as suas deficiências e necessidades. "Crianças a partir de três anos já podem fazer os exercícios, desde que com orientação", enfatiza.