Fast food age como cocaína no cérebro de quem come muito

Fast food age como cocaína no cérebro de quem come muito

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:11

Muito açúcar e gordura causa mesmo efeito cerebral causado pelo uso de drogas

As mesmas mudanças na química cerebral que levam pessoas a querer usar drogas pesadas como cocaína e heroína também levam pessoas que quererem comer sempre mais do que seu corpo precisa, principalmente quando envolve alimentos gordurosos e açucarados. Ingerir uma dieta rica nestes tipos de comida faz com que a sensação adquirida por um pedaço de bolo, com o passar do tempo, passe a ser conseguida com dois ou mais, segundo uma pesquisa realizada em conjunto por diversas universidades americanas.

O desejo por alimentos altamente calóricos começa com a língua, que é revestida com pequenos receptores gustativos construídos para detectar esses alimentos. Milhares de anos atrás, açúcares e gorduras ajudaram os nossos antepassados a passarem períodos de fome.

No entanto, os alimentos industrializados produzidos atualmente em comparação com as frutas e carnes ingeridas em seu estado natural, oferecem quantidades bem maiores de açúcares e gorduras, fornecendo muito mais do que a é necessário para o corpo. Esse exagero é detectado pelo cérebro, mais especificamente pelos neurotransmissores, receptores responsáveis pelas sensações de prazer.

Mas o poder de alimentos não saudáveis não para no nosso sentido do paladar. É o cérebro por trás da língua que carrega por vezes “a culpa”.

Para confirmar a tese, os pesquisadores alimentaram ratos de laboratório com alimentos bem açucarados por alguns meses. Em resposta, observaram que os animais passaram a responder menos a dopamina (neurotransmissor que dá a sensação de prazer).

Problemas com o processamento da dopamina também foram observados no cérebro de pessoas obesas e também em pessoas que usam cocaína, heroína, álcool e metanfetaminas, segundo, Gene-Jack Wang, neurocientista que estuda a obesidade no Brookhaven National Laboratory, em Upton, Nova York.

- As pessoas estão dirigindo um Mustang, indo rápido, empurrando seus aceleradores. Mas eles perderam seus freios.

Em um novo estudo publicado em 29 de setembro do Journal of Neuroscience, complementar ao primeiro, cientistas descobriram que o ganho de peso tem poder de diminuir o prazer que a pessoas sentem quando comem alimentos gordurosos e açucarados. Para isso, um grupo de mulheres com sobrepeso teve seus cérebros monitorados após tomarem um milk shake de chocolate.

Por meio de imagens de ressonância magnética funcional, foi possível medir mudanças no fluxo sanguíneo do cérebro que fizeram os pesquisadores descobrirem que o tratamento com açúcar estimulou a atividade de uma região do cérebro (corpo estriado), onde massa de células primitivas atuam na sensação de prazer quando comemos alimentos que gostamos.

Ao voltarem a tomar o milk shake seis meses depois, as mesmas sensações ocorreram. No entanto, entre as pessoas que tinham engordado, a resposta cerebral foi menor do que no primeiro teste.

Muito açúcar e gordura causa mesmo efeito cerebral causado pelo uso de drogas

As mesmas mudanças na química cerebral que levam pessoas a querer usar drogas pesadas como cocaína e heroína também levam pessoas que quererem comer sempre mais do que seu corpo precisa, principalmente quando envolve alimentos gordurosos e açucarados. Ingerir uma dieta rica nestes tipos de comida faz com que a sensação adquirida por um pedaço de bolo, com o passar do tempo, passe a ser conseguida com dois ou mais, segundo uma pesquisa realizada em conjunto por diversas universidades americanas.

O desejo por alimentos altamente calóricos começa com a língua, que é revestida com pequenos receptores gustativos construídos para detectar esses alimentos. Milhares de anos atrás, açúcares e gorduras ajudaram os nossos antepassados a passarem períodos de fome.

No entanto, os alimentos industrializados produzidos atualmente em comparação com as frutas e carnes ingeridas em seu estado natural, oferecem quantidades bem maiores de açúcares e gorduras, fornecendo muito mais do que a é necessário para o corpo. Esse exagero é detectado pelo cérebro, mais especificamente pelos neurotransmissores, receptores responsáveis pelas sensações de prazer.

Mas o poder de alimentos não saudáveis não para no nosso sentido do paladar. É o cérebro por trás da língua que carrega por vezes “a culpa”.

Para confirmar a tese, os pesquisadores alimentaram ratos de laboratório com alimentos bem açucarados por alguns meses. Em resposta, observaram que os animais passaram a responder menos a dopamina (neurotransmissor que dá a sensação de prazer).

Problemas com o processamento da dopamina também foram observados no cérebro de pessoas obesas e também em pessoas que usam cocaína, heroína, álcool e metanfetaminas, segundo, Gene-Jack Wang, neurocientista que estuda a obesidade no Brookhaven National Laboratory, em Upton, Nova York.

- As pessoas estão dirigindo um Mustang, indo rápido, empurrando seus aceleradores. Mas eles perderam seus freios.

Em um novo estudo publicado em 29 de setembro do Journal of Neuroscience, complementar ao primeiro, cientistas descobriram que o ganho de peso tem poder de diminuir o prazer que a pessoas sentem quando comem alimentos gordurosos e açucarados. Para isso, um grupo de mulheres com sobrepeso teve seus cérebros monitorados após tomarem um milk shake de chocolate.

Por meio de imagens de ressonância magnética funcional, foi possível medir mudanças no fluxo sanguíneo do cérebro que fizeram os pesquisadores descobrirem que o tratamento com açúcar estimulou a atividade de uma região do cérebro (corpo estriado), onde massa de células primitivas atuam na sensação de prazer quando comemos alimentos que gostamos.

Ao voltarem a tomar o milk shake seis meses depois, as mesmas sensações ocorreram. No entanto, entre as pessoas que tinham engordado, a resposta cerebral foi menor do que no primeiro teste.

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