O Ministério da Saúde apresenta nesta quarta-feira (23) o primeiro exame totalmente desenvolvido no Brasil para diagnosticar gripe suína e que poderá acelerar a obtenção de resultado. Feito em parceria pelos institutos Oswaldo Cruz, Carlos Chagas, Bio-Manguinhos e Biologia Molecular do Paraná, o teste passará a ser usado nos três laboratórios de referência para a doença, Adolfo Lutz (SP), Evandro Chagas (PA) e Fiocruz (RJ) e nos Laboratórios Centrais de Saúde Pública do Paraná, de Brasília e de Salvador.
O custo do produto brasileiro é de 30% do valor do teste importado. Mas, para integrantes do projeto, a importância do kit brasileiro não está na economia. O pesquisador Marco Aurélio Krieger, do Instituto Carlos Chagas, diz que "o domínio da tecnologia é estratégico".
- Garantimos autonomia e agilidade.
Em 2009, após os primeiros casos, o Brasil teve de esperar cerca de 20 dias para receber kits indispensáveis para saber se o vírus havia chegado. Quando a pandemia estava em curso, formou-se fila de espera para receber resultado de testes. Diagnósticos que deveriam ser concluídos em 72 horas passaram a ser divulgados depois de mais de semanas. Uma demora creditada à falta de testes na quantidade necessária.
O diretor de Bio-Manguinhos, Artur Roberto Couto, diz que "a agilidade na realização e obtenção dos resultados dos exames é essencial".
- É o primeiro passo para saber o comportamento, a dimensão da doença no país.
A ideia é que o teste possa ser adaptado para diagnosticar eventuais mutações do H1N1.