Deus não abençoa para amaldiçoar! A bênção de Deus não nos conduz ao pecado.
A bênção do Senhor não nos leva à apostasia. A bênção do Senhor agrega vida e não morte.
O que gera desgosto é abandonar o Senhor após ser abençoado, algo muito corriqueiro em relatos bíblicos, como o povo receber o maná, alimento dos céus, e após se fartar, murmurar de Deus e de seus enviados.
Pessoas têm se empenhado para serem abençoadas e, após a bênção, têm se afastado do Eterno, se entregue aos prazeres e às coisas, bens e títulos, penduricalhos da vaidade, narcisismo e orgulho. A Palavra do Senhor diz em Provérbios 16:18, o orgulho precede a queda.
Não é à toa que tantas pessoas boas estão caindo. Estão intencionalmente, se deixando sufocar pelos espinheiros da vida, como Jesus disse na parábola do Semeador (Mateus 13:22): Quanto ao que foi semeado entre os espinhos, este é aquele que ouve a palavra, mas a preocupação desta vida e o engano das riquezas a sufocam, tornando-a infrutífera.
Infrutífera significa desgosto. A bênção do Senhor não traz desgosto, mas nossas escolhas sim, podem gerar dores.
O apóstolo Paulo orientando seu aluno Timóteo, sobre os desafios espirituais futuros, disse: Sabe, porém, isto, que nos últimos dias virão tempos difíceis; pois os homens serão
1. amantes de si mesmos (narcisistas; egoístas e indulgente em seus próprios desejos),
2. avarentos (mentalidade materialista; amor desmedido por dinheiro e bens materiais; mesquinho; gananciosos (dispostos a sacrificar princípios éticos, morais e o temor do Senhor para acumular riquezas),
3. pretenciosos (arrogante; orgulhoso; opinião exagerada de si mesmo),
4. soberbos (presunçoso; soberbo; incorrigível),
5. maldizentes (acusar; difamar; fofocar; criar boatos; falar mal do outro maliciosamente; deduzir erroneamente acerca do outro),
6. desobedientes a seus pais (rebelião; falta de consideração pelos pais e autoridades; não obedecer ou respeitar),
7. ingratos (indiferente; não reconhecem ou valorizam favores; narcisistas que acham que o outro deve fazer por elas porque merecem; péssimos pagadores),
8. ímpios (irreverente; desrespeitosos; sem fé e sem amor),
9. sem afeição natural (sem amor ou afeto à família; sem empatia),
10. implacáveis (inflexível; sem misericórdia; sem compaixão; sem piedade),
11. caluniadores (que acusa falsamente, difamador; causador de divisão),
12. incontinentes (sem autodisciplina; sem moderação ou sem controle),
13. cruéis (desumano; irascível; violento),
14. inimigos do bem (promove o mal, a injustiça e a corrupção; ama a injustiça),
15. traidores (não respeita a confiança e a lealdade, por ser excessivamente ganancioso e egoísta; vingativo e desejo de poder incontrolável; mentirosos compulsivos),
16. insolentes (sem respeito ao próximo; amam envergonhar os outros; têm prazer em menosprezar e diminuir),
17. presunçosos (desdenham dos outros; imagem distorcida de si mesmo; arrogantes),
18. amando mais os prazeres do que a Deus (hedonista; amante da carnalidade; se entrega às paixões e desejos carnais sem temor a Deus),
19. tendo a aparência de piedade (hipócrita; religioso; narcisista espiritual; parece temente a Deus, mas não é), porém negando o poder dela.
20. Foge (te afasta de quem ama o pecado; não insista com quem não quer mudar; há determinadas pessoas que é melhor interceder de longe do que ser influenciada de perto) também destes homens. (2 Timóteo 3:1-5).
Lidar com pessoas tóxicas, difíceis ou falsas não é fácil; e lutarmos para não nos tornarmos tóxicos é mais vital ainda.
Vivemos tempos difíceis! Até o mais cético concordará que algo está errado nesse mundo. As pessoas não temem mais a Deus e, por consequência, não respeitam ao próximo. Há uma apostasia, vagarosamente estão se afastando de Deus e, muitas vezes, nem percebem.
Como a parábola da Ovelha Perdida, que Jesus fala em Lucas 15:3-7, Qual, dentre vós, é o homem que possuindo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove e vai em busca da que se perdeu, até encontrá-la?
Muitos reclamam que os líderes de hoje não vão mais atrás das ovelhas, entretanto, o orgulho ferido e a vaidade de muitas ovelhas, não as deixam serem encontradas. É fácil falar dos outros e não olharmos para nós mesmos, se estamos nos tornando mais humildes ou mais orgulhosos. A ovelha, enquanto animal, sabe que se perdeu, mas não sabe encontrar o caminho de volta, por isso precisa de ajuda. Mas será que as pessoas querem ajuda hoje? Ou querem ser encontradas segundo às suas regras e exigências?
É tempo de nos voltarmos para Deus. Deixarmos de abandonar ao Senhor por causa das coisas e vaidades. É tempo de voltarmos a ser gratos, quebrantados e humildes para nos mantermos juntos, porque a grande verdade é que o diabo está conduzindo muitos para a solidão. Como está escrito em Provérbios 18:1, o solitário busca o seu próprio interesse e se levanta contra a verdadeira sabedoria.
Deixa a bênção do Senhor perdurar, enriquecendo e não tornando-se laço para sua vida, por sua rejeição, ingratidão e apostasia ao Senhor.
Maranata, ora vem Senhor Jesus! É tempo de voltarmos a ser igreja e amar ao Senhor mais do que nunca. Arrependimento é uma arma de guerra!
Fernando Moreira (@prfernandomor) é pastor na Igreja Batista do Povo. Bacharel em Ciência da Computação e Teologia, com mestrado em Ciência da Computação e doutorado em Teologia. (@FernandoMoreiras). É membro da Academia de Letras, Artes e Cultura do Brasil, associado do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC). Executivo numa multinacional de tecnologia, mentor de carreiras executivas, conselheiro administrativo, palestrante, conferencista e autor de 8 livros.
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