Esse assunto tem sido muito debatido nos meios acadêmicos, especialmente, no contexto religioso. É óbvio que não há e nunca houve consenso sobre o assunto.
Há aqueles que acreditam que o homem ainda tem livre arbítrio e outros que defendem que o homem, depois da queda só tem livre agência. Defendo essa última posição.
A questão é definir livre arbítrio. Conforme disse Lutero, a vontade do homem pecador é escrava do pecado. Somente Adão, antes da queda tinha livre arbítrio.
Hoje temos apenas livre agência, ou seja, a capacidade de decidir se vamos morar nesta ou naquela cidade; se vamos estudar nesta ou naquela escola.
Não temos, porém, a capacidade de escolher entre o bem e o mal e o poder inerente de praticar o bem. Depois da queda, toda a nossa vontade foi contaminada e afetada pelo pecado.
A inclinação do mal está em nosso coração. A não ser que Deus opere em nós o querer o realizar jamais escolheríamos Deus, pois a inclinação do nosso coração é inimizade contra Deus.
O homem natural está morto em seus delitos e pecados. Ele é escravo da carne, do mundo e do diabo. Logo, não é o homem quem escolhe a Deus, mas Deus quem escolhe o homem e o atrai para si com cordas de amor.
Bendito seja Deus, porque embora, sejamos fracos, ímpios, pecadores e inimigos de Deus, ele nos amou e nos deu seu Filho para morrer em nosso lugar, para nos dar a vida eterna. Oh, amor sublime! Oh, amor eterno! Oh, amor sacrificial!
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