
Nossos resultados são matéria prima fundamental na construção das colunas que dão sustentação à nossa missão e sentido à nossa existência. São os indicadores mais fiéis do grau de compromisso que temos com nossa vida e sua missão implícita. A maioria das pessoas não sabe qual é sua missão. Se você não sabe qual é a sua, seria muito importante que parasse para pensar sobre isso, e então escrevesse, em breves palavras, as linhas que definirão onde e como você deverá investir sua energia.
Se formos dotados com um ou mais talentos, é nossa responsabilidade utilizar esses dons para dar ao mundo a contribuição que justifique nossa passagem. A brincadeira super saudável que diz que todos deveriam plantar uma árvore, criar um filho e escrever um livro, diz respeito a essa contribuição. As atitudes empregadas no uso de nossos recursos revelam quanto compreendemos acerca dessa missão. Quando finalmente descobrimos, aceitamos e abraçamos o desafio de cumprir o nosso chamado, ingressamos naquele período em que tomaremos as atitudes mais importantes de nossa carreira.
Todas as batalhas que travamos na vida têm uma motivação secreta. Ninguém entra em uma peleja sem estar movido por interesses. Somos todos assim. Os motivos que nos colocam em movimento sempre visam um resultado que, de algum modo, nos gratifique. Nem sempre conhecemos essas motivações, mas elas estão lá na base dos atos e palavras. Às vezes, conscientes, às vezes, não, tramamos gestos e passos, elaboramos jogos mentais, calculamos, projetamos cenários, tudo isto visando resultados.
Quando decidimos fazer qualquer coisa, partimos para o empreendimento sempre imaginando a vitória. Desse modo, movidas por uma expectativa de sucesso, milhares de pessoas, diariamente, partem para a ação. Elas querem construir um nome, ter uma história para contar, desejam ganhar respeito e louvor, impressionar o mundo com suas realizações. A princípio, talvez não haja nada de errado quanto a isso. A única coisa, lamentavelmente errada com todo esse processo é que muitíssimas pessoas, na ânsia de terem algo com que se apresentar, falham tristemente nos preparativos antes de entrarem no campo onde travarão suas batalhas.
Lembre-se: O que você fez, faz, e ainda virá a fazer, conta. Assim portanto, antes de partir para a ação, cheque os instrumentos e armas. Certifique-se também de que suas motivações e meios utilizados são suficientemente corretos. Sua existência será justificada (ou não) pelo seu legado. Trate de deixar para trás um legado decente!
- Luiz Leite
Trecho do novo livro de Luiz Leite – Manual Estratégico