Quero agora voltar a falar sobre aquela primeira porção do seu salário ou da sua renda. Você ganhou dinheiro com excelência, o dinheiro caiu em sua conta. E aí, o que você vai fazer? Separar o dízimo, claro! Você faz isso? Se ainda não faz, hoje pode ser o dia dessa tomada de decisão tão importante na sua vida financeira.
E por que resolvi falar sobre o dízimo novamente? Porque em nossa jornada financeira pelo Deuteronômio me deparei com a seguinte orientação: Todos os anos juntem uma décima parte de todas as colheitas (Deuteronômio 14.22).
Veja que privilégio você tem de separar a primeira parte de sua renda e compartilhá-la com as pessoas especialmente designadas para receber esse dinheiro.
Um ponto muito interessante é que essa entrega deveria ser comemorada. Deveria haver alegria e não tristeza ao entregar o dízimo. Veja bem o que diz o texto aqui: Ali, na presença do Senhor, nosso Deus, vocês e as suas famílias comam essas coisas e se divirtam à vontade (Deuteronômio 14.26).
Você entrega o seu dízimo com alegria ou com dor, pensando que ele poderia ajudar a pagar outras contas? Alegre-se na presença de Deus por esse ato tão espiritual, que expressa toda sua confiança naquele que provê todas as coisas para você e sua família.
Mas a que esse dízimo deveria ser destinado? Veja o que o texto bíblico diz aqui: Não esqueçam os levitas que moram nas cidades de vocês. Eles não receberão terras em Canaã como as outras tribos. De três em três anos juntem a décima parte das colheitas daquele ano e guardem nas cidades onde vocês moram. Essa comida é para os levitas, pois eles não têm terras próprias; é também para os estrangeiros, os órfãos e as viúvas que moram nas cidades de vocês. Assim todos eles terão toda a comida de que precisarem. Faças isso para que o Senhor, nosso Deus, abençoe todo o trabalho de vocês (Deuteronômio 14.27-29).
É curioso que, segundo este texto, além dos levitas outras pessoas financeiramente necessitadas poderiam se beneficiar dessa porção da renda. Era um dízimo especial, levantado a cada três anos.
Veja então que, além dos levitas que viviam dos dízimos comuns, também os estrangeiros, órfãos e viúvas seriam beneficiados por esse outro dízimo, mas tudo era motivo de alegria. Nada de desânimo. Nada de tristeza.
E veja só que promessa incrível Deus fez quando disse: para que o Senhor, nosso Deus, abençoe todo o trabalho de vocês. Você já notou que às vezes trabalhamos muito e os resultados parecem ser muito limitados? Mas não nesse caso, pois o próprio Deus abençoaria o seu trabalho de um modo especial.
Você não gostaria de contar com essa bênção de Deus em sua vida financeira? O mais importante aqui, porém, é ter o coração voltado para ajudar as pessoas. Isso mesmo. Nunca desanime em sua vida financeira, pois a generosidade está no coração de Deus.
Conclusão: O dízimo sempre foi usado para dar apoio financeiro às pessoas que ajudam na sua formação espiritual. Hoje o dízimo deve ser direcionado aos pastores e àqueles que se juntam a eles em sua igreja local. Mas outra parte de sua renda deve ser usada para ajudar pessoas necessitadas.
Paulo de Tarso é pastor, engenheiro e mestre em teologia. Fundou o Ministério Finanças para a Vida, que ensina pessoas de todas as idades a administrar o dinheiro de acordo com a Bíblia (paulodetarso@financasparaavida.com.br).
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