O Brasil se posicionou contra a proposta de modificar um texto que visava incluir a situação dos reféns mantidos pelo Hamas na Faixa de Gaza.
Durante a Assembleia Geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), que aconteceu em Genebra, na Suíça, o governo brasileiro se posicionou ao lado de países como como Rússia, Colômbia, Cuba, Venezuela, Irã, Nicarágua, e China, além de diversas nações árabes.
O projeto foi liderado pela Argélia, um país predominantemente muçulmano.
No texto original, a proposta denunciava a situação crítica do sistema de saúde nos territórios palestinos, além de condenar atos de violência, o uso da fome contra civis e a destruição de instalações médicas pelas forças israelenses.
No entanto, o governo israelense introduziu, na quinta-feira, 30 de maio, uma modificação para incluir um pedido de libertação dos cerca de 125 reféns que permanecem sob cativeiro do Hamas, além de destacar o uso de instalações de saúde por grupos armados palestinos.
O embaixador de Israel na ONU, Meirav Eilon Shahar, ainda fez um apelo para que todos os países e a OMS condenassem os ataques terroristas do Hamas:
“Qualquer decisão que não exija a libertação imediata dos reféns e condene a exploração das instalações de saúde pelo Hamas equivale a um fracasso moral da organização. Agradeço aos 50 países que optaram por não ignorar o destino dos 125 reféns deixados nas mãos da organização terrorista Hamas em Gaza.”
A alteração no texto, incorporando os pedidos do governo de Israel, foi aprovada por 50 votos a favor e 44 contra. Após a modificação, o documento principal foi retirado de votação pelo grupo de países que havia apresentado a resolução.