Casal morto em ataque antissemita em Washington era judeu messiânico

Segundo relatos de amigos, Yaron Lischinsky e Sarah Lynn Milgrim eram evangélicos devotos e defensores da causa de Israel.

Fonte: Guiame, com informações de Evangelical FocusAtualizado: sexta-feira, 23 de maio de 2025 às 18:26
Yaron Lischinsky e Sarah Lynn Milgrim. (Foto: X/Embaixada de Israel nos EUA).
Yaron Lischinsky e Sarah Lynn Milgrim. (Foto: X/Embaixada de Israel nos EUA).

O casal israelense, morto em um ataque antissemita em Washington na quarta-feira (21), era judeu messiânico.

Segundo o Evangelical Focus, Yaron Lischinsky e Sarah Lynn Milgrim eram evangélicos e funcionários da embaixada israelense nos Estados Unidos.

Eles foram mortos a tiros ao saírem de um evento no Museu Judaico da Capital. O museu estava realizando um evento voltado para ajudar os moradores de Gaza.

Após disparar contra as vítimas, o criminoso, identificado como Elias Rodriguez de 30 anos, entrou no museu, onde foi detido pela equipe de segurança do evento.

Enquanto estava sob custódia, o suspeito gritou “Palestina livre”. Autoridades investigam possíveis ligações com terrorismo.

Cristãos devotos

Yaron e Sarah, que planejavam ficar noivos na próxima semana, eram cristãos devotos conforme o relato de amigos.

“Ele era um cristão, um grande amante de Israel, que imigrou para Israel, serviu no exército e decidiu dedicar sua vida ao Estado de Israel e ao sionismo. Uma maravilhosa história de vida de um homem com clareza moral, um justo entre as nações da nossa geração, que decidiu vincular sua vida ao destino do povo judeu”, declarou Ronen Shoval, que foi professor de Yaron no Instituto Argaman, em publicação no X.

Jenny Havemann, amiga do jovem, relatou que “Yaron fazia parte de um grupo cristão messiânico e estava muito interessado em laços mais estreitos entre alemães e israelenses".

“Meu coração sangra porque essas duas almas jovens e dedicadas foram eliminadas por um extremista radical”, escreveu Jenny, em postagem no Instagram.

O Embaixador de Israel na Alemanha, Ron Prosor, também lamentou a trágica morte do casal e elogiou a fé de Yaron.

“Tive o privilégio de tê-lo como meu aluno de mestrado na Reichman University. Brilhante, curioso, engajado. Ele era cristão, um verdadeiro amante de Israel, e escolheu dedicar sua vida à causa sionista. Ele incorporou os valores judaico-cristãos e deu um exemplo para os jovens em todo o mundo”, declarou Prosor, em publicação no X.

Ele criticou o aumento do antissemitismo que tem vitimado judeus no mundo no dias atuais.  “Isso não aconteceu em uma zona de guerra. Aconteceu na capital do mundo livre, no coração de Washington”, observou o embaixador.

“Cantar ‘Palestina Livre’ não é apenas um slogan, é um apelo à ação para atingir os judeus onde quer que estejam. Não vamos deixar o terror vencer”, condenou ele.

Vidas interrompidas

Yaron Lischinsky tinha 28 anos e era cidadão israelense nascido na Alemanha. Ele serviu no exército de Israel durante três anos e fez mestrado em Governo, Diplomacia e Estratégia pela Reichman University. Ele trabalhava no departamento político da embaixada israelense em Washington.

Já Sarah Milgrim, tinha 26 anos e trabalhava no departamento de diplomacia pública da embaixada há um ano e meio. 

Ela possuia mestrado em Estudos Internacionais (American University) e mestrado em Desenvolvimento Sustentável (UN University for Peace), além de bacharelado em Estudos Ambientais pela University of Kansas.

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