Vídeos e fotos mostram judeus orando no Monte do Templo, um simples ato de adoração que eles foram proibidos de fazer no local por décadas.
Embora os dois templos judaicos estivessem no Monte do Templo e o local seja considerado o mais sagrado do judaísmo, o Waqf muçulmano que controla o local hoje proíbe judeus, cristãos ou qualquer outra pessoa, exceto os muçulmanos, de orar por lá.
Segundo o Jerusalem Post, a situação parece ter mudado e os judeus agora estão orando em silêncio no Monte do Templo, à vista da polícia, mesmo que as autoridades israelenses informem que não houve mudança na política.
O jornal informa que um grupo de 10 homens judeus subiu ao Monte do Templo na manhã de quinta-feira (12), no início do horário de visita não muçulmano, às 7h. O rabino Eliyahu Weber levou os homens ao local sagrado enquanto cantavam: "Vamos lá até o templo".
Os homens visitaram o complexo de pedra cercado pela polícia antes de parar para realizar um culto de oração matinal abreviado.
Weber disse que o grupo fez questão de não chamar a atenção para si.
"Se fizermos isso diante dos funcionários do Wakf, isso não será aceito, mas esse não é o nosso objetivo", explicou o rabino. "Nossa ascensão ao Monte do Templo torna conhecido o nome de Deus no mundo."
Um alto funcionário da Waqf disse ao jornal que não tinha conhecimento de nenhuma mudança na política que permitiria aos judeus rezar no local sagrado, mas alertou que essa política poderia desencadear protestos e manifestações violentas de fiéis muçulmanos.
Não-muçulmanos não podem orar no local sagrado por medo de ofender os fiéis muçulmanos lá. Historicamente, a polícia israelense expulsava qualquer não-muçulmano visto rezando no Monte do Templo para evitar ofender os muçulmanos que poderiam causar distúrbios.
Mas o Post relata que os judeus têm orado regularmente no local sagrado nas últimas semanas pelas orações da manhã e da tarde.
O rabino Weber disse que o objetivo final é reconstruir o Terceiro Templo para inaugurar o Messias.
"O objetivo final é poder oferecer sacrifícios no templo", disse Weber. "Não estamos realmente lidando com isso no momento, porque há muitos estágios nisso".
"A essência de nossa presença no monte do templo mostra que este lugar pertence ao povo judeu", explicou Weber. "Se não formos, parece que não nos interessa. O monte do templo é nosso, e precisamos saber a importância de estar lá".