Diante de questões como cidadania, emprego e propriedade, o líder de uma congregação messiânica em Israel, Eitan Shishkoff, revela que os judeus que seguem Jesus Cristo não têm os mesmos direitos que outros judeus na Terra Santa.
Segundo Shishkoff, os judeus messiânicos que vão morar em Israel não recebem cidadania sob a “lei do retorno”, as empresas que dependem de clientes ortodoxos não contratam crentes em Jesus e algumas propriedades restringem sua venda ou aluguel. “Nós fomos negados em várias ocasiões quando tentamos alugar locais para nossas reuniões”, disse ao site Revive Israel.
O líder messiânico explica que esse tipo de intolerância existe porque a maioria dos judeus associam o cristianismo a algo negativo. “Podemos protestar que ‘Jesus era judeu’ e ‘a Nova Aliança é baseada nas Escrituras Hebraicas, tendo como contexto a Israel do primeiro século’. Mas esses fatos ainda são em grande parte desconhecidos”, lamenta.
Shishkoff, que lidera a congregação Ohalei Rachamim em Krayot, nos arredores da cidade de Haifa, em Israel, ilustra dois conceitos errôneos dos ortodoxos: que não se pode crer em Jesus e permanecer um judeu fiel e que a sociedade israelense não tem “lugar à mesa” para os judeus messiânicos.
Diante disso, ele destaca que é hora de “desafiar o status de segunda classe dos seguidores de Yeshua” em Israel. “Muitos israelenses estão cansados dos valores e da agenda da nossa sociedade, que estão sendo definidos pelos ultra-religiosos”, observa.
A situação está começando a mudar por causa da atuação de jovens judeus messiânicos na Força de Defesa de Israel e pelo apoio das igrejas evangélicas de outras nações, especialmente dos Estados Unidos.
“Em vez do anti-semitismo (hostilidade contra judeus), esses cristãos estão permanecendo decididamente com Israel. Se a questão dos direitos totais dos judeus messiânicos israelenses for abordada pelos líderes cristãos, o governo de Israel ouvirá”, sugere Shishkoff.