Por conta das comemorações do Rosh Hashaná — ano novo judaico — os judeus querem se aproximar da mesquita, local que eles chamam de Monte do Templo e que é considerado sagrado para eles.
Porém, o “Nobre Santuário” dos muçulmanos é um local que eles não desejam que seja frequentado por judeus. Por esse motivo, um dos líderes do Movimento Islâmico, Sheikh Kamal Al-Khatib, disse que os árabes iriam reagir caso eles se aproximassem.
O líder árabe alertou contra “as intenções dos judeus de tocar o shofar, de fazer sacrifícios de animais e profanar a Mesquita de Al-Aqsa no feriado judaico de Rosh Hashaná”.
Facção do Movimento Islâmico
De acordo com Khatib, ações como “tocar o shofar e usar roupas de sacerdotes” serão motivo de tumultos. “A mesquita de Al-Aqsa nunca será o templo e permanecerá em mãos muçulmanas”, disparou.
Ele lembrou que “os palestinos já frustraram 19 tentativas dos judeus em ocupar a mesquita”. Antes da Páscoa, Khatib também já havia protestado contra a presença de judeus e seus sacrifícios.
Ele disse que “seu povo sabe exatamente o que deve fazer” para impedir os planos dos judeus.
Em 2015, o governo israelense baniu uma parte do Movimento Islâmico, devido aos laços estreitos com o Hamas e a Irmandade Muçulmana. No entanto, especula-se que a facção tenha ressurgido como uma organização clandestina.
Incitação ao terrorismo
Em maio de 2021, Khatib foi preso por suspeita de “incitação ao terrorismo, violência e identificação com uma organização terrorista”. Isso ocorreu no auge do conflito de Israel com Gaza, que provocou uma agitação interna árabe-judaica.
O terrorista, porém, foi liberado sob condições restritivas e está impedido até mesmo de acessar a internet, fazer discursos ou dar entrevistas por 45 dias. Ele também foi impedido de organizar reuniões com mais de 45 pessoas.
Em 2014, Khatib foi impedido de entrar no Monte do Templo por três anos por incitar a violência.