Palestina quer tentar expulsar Israel da ONU

Os palestinos argumentam que Israel está promovendo um apartheid, após se declarar um Estado exclusivamente judeu.

Fonte: Guiame, com informações do Times of IsraelAtualizado: quinta-feira, 16 de agosto de 2018 às 19:23
Presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, na Assembleia Geral das Nações Unidas. (Foto: AP/Seth Wenig)
Presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, na Assembleia Geral das Nações Unidas. (Foto: AP/Seth Wenig)

Depois de tentarem tirar Israel da FIFA, os palestinos estão reunindo esforços para expulsar Israel das Nações Unidas, de acordo com o jornal israelense Yedioth Ahronoth.

Os líderes palestinos estão planejando argumentar que Israel está violando as resoluções do Conselho de Segurança da ONU e promovendo uma espécie de “apartheid”, depois que uma nova lei declarou a nação como um Estado exclusivamente judeu.

As autoridades israelenses foram rápidas em denunciar o plano, embora as chances de Israel ser expulso da ONU sejam mínimas.

De acordo com a Carta da ONU, o país membro que viole os princípios contidos na carta “pode ser expulso da Organização pela Assembleia Geral mediante recomendação do Conselho de Segurança”.

Na Assembleia Geral, os palestinos têm a maioria do apoio e uma punição contra Israel poderia ser aprovada mais facilmente. Mas no Conselho de Segurança, qualquer um dos cinco membros permanentes (Estados Unidos, França, Reino Unido, China e Rússia) poderiam vetar um esforço para que Israel fosse suspenso.

Não há dúvidas de que a embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley — uma das grandes defensoras do governo de Israel — não permitiria que tal esforço fosse muito longe.

O Ministério das Relações Exteriores e o gabinete do primeiro-ministro de Israel se recusaram a comentar sobre a nova aposta dos palestinos. Em conversas privadas, as autoridades israelenses disseram que a iniciativa não deve receber muita atenção.

Ainda assim, a publicação no Yedioth levou algumas autoridades israelenses a denunciar a proposta.

“É uma iniciativa cínica e vazia dos palestinos que não vai dar em nada”, disse o embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, ao Times of Israel. “Não é nada mais que um truque para espalhar mentiras no palco da ONU, deslegitimar Israel e silenciar a verdade. Continuaremos agindo de todas as formas para expor a cultura do ódio”.

O vice-ministro da Diplomacia, Michael Oren, foi mais longe. “Mesmo sem a lei do estado-nação, o objetivo dos palestinos continua sendo o mesmo: arrancar Israel do mapa”, disse em nota.

Segundo Oren, os 137 países que reconheceram um Estado Palestino fizeram isso pensando que a Autoridade Palestina queria promover a paz, mas estão enganados. “Na realidade, esses países estão apoiando a conspiração maliciosa dos palestinos para expulsar Israel da ONU e, assim, destruir o Estado de Israel. Não é assim que a paz funciona, é assim que se espalha o conflito”.

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