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Israel

Estudo revela alto nível de antissetismo entre cristãos na Irlanda

A pesquisa da Universidade da Carolina do Norte mostrou que apenas 11,3% dos cristãos irlandeses – católicos e protestantes – apoiam Israel.

Fonte: Guiame, com informações de The Christian PostAtualizado: sexta-feira, 11 de abril de 2025 às 18:54
Manifestação pró-Palestina em Dublin, na Irlanda. (Foto: Imagem ilustrativa/Reprodução/YouTube/Irish Times).
Manifestação pró-Palestina em Dublin, na Irlanda. (Foto: Imagem ilustrativa/Reprodução/YouTube/Irish Times).

Um estudo recente revelou um aumento do sentimento antissemita e anti-Israel entre cristãos na Irlanda.

A pesquisa da Universidade da Carolina do Norte, da Universidade de Boston e do Metropolitan College entrevistou 1.014 cristãos católicos e protestantes, em dezembro de 2024.

Para um país de maioria católica, os dados colhidos são alarmantes. Apenas 11,3% dos cristãos irlandeses apoiam Israel na guerra em Gaza e 45,6% são pró-Palestina.

Os pesquisadores compararam os números com a realidade nos Estados Unidos, onde 42,3% dos americanos apoiam Israel e somente 11,2% apoiam os palestinos.

"O que me impressionou é que temos as mesmas porcentagens de pessoas em ambos os países que dizem que geralmente estão familiarizadas com o conflito, obtendo as mesmas informações da mesma mídia, mas seu entendimento é fundamentalmente diferente", afirmou o professor Motti Inbari, que liderou a pesquisa, em entrevista ao The Times of Israel.

"Nosso estudo mostra que muito disso se deve a diferenças nas crenças teológicas, atitudes políticas e sociais, e níveis de exposição aos judeus que variam drasticamente entre os EUA e a Irlanda", acrescentou.

Existem apenas cerca de 2.700 judeus na Irlanda, enquanto há 5 a 6 milhões de judeus vivendo nos Estados Unidos. 

O estudo ainda descobriu que quase metade (49%) dos cristãos irlandeses acreditam que "os judeus são mais leais a Israel do que a este país". Cerca de 36% concordaram com a afirmação de que os judeus "têm muito poder no mundo dos negócios".

Além disso, 31% dos entrevistados acham que os judeus "não se importam com o que acontece com ninguém além de sua própria etnia" e alegaram que o ódio contra o povo judeu é causada pela "maneira como eles se comportam".

O relatório revelou que os irlandeses mais jovens tendem a ser mais hostis a Israel e aos judeus do que os cidadãos com 65 anos ou mais.

"É perturbador ver uma democracia ocidental tão mergulhada em preconceito e preconceito. É como se estivéssemos vivendo nos tempos medievais”, criticou Inbari.

Evangélicos irlandesses são mais pró-Israel

O estudo observou que os sentimentos antijudaicos são mais comuns entre os católicos do que entre os protestantes na Irlanda. Principalmente, os cristãos evangélicos possuem uma visão mais pró-Israel devido à importância que a teologia protestante atribui ao Estado judaico.

Em dezembro de 2024, Israel decidiu fechar sua embaixada no país devido sua “retórica antissemista” e por apoiar a acusação, na Corte Internacional de Justiça (CIJ), de que o governo israelense estava cometendo um suposto genocídio na Faixa de Gaza.

Na época, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa'ar, anunciou: "As ações e a retórica antissemita usadas pela Irlanda contra Israel estão enraizadas na deslegitimação e demonização do Estado judeu, juntamente com padrões duplos. A Irlanda cruzou todas as linhas vermelhas em suas relações com Israel”.

No ano passado, um relatório do grupo de monitoramento educacional IMPACT-se revelou que os livros escolares da Irlanda estão repletos de distorções históricas sobre o Holocausto e Israel, e de hostilidade pelo povo judeu.

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