Um homem que falava hebraico foi agredido por aproximadamente 20 manifestantes pró-palestinos no píer de Santa Mônica, no começo deste mês.
Ariel Yaakov Marciano, primo de Guy Illouz – refém morto em Gaza e cujo corpo continua retido pelo grupo terrorista Hamas – contou sua experiência ao Jewish Journal, publicação voltada à comunidade judaica da Grande Los Angeles, onde Santa Mônica está localizada.
Segundo Marciano, ele estava na cidade para o bar mitzvá de um primo quando avistou os manifestantes, usando keffiyeh (lenço palestino) e bandeira da Palestina.
Com um colar da Estrela de Davi no pescoço e falando em hebraico com um israelense de Las Vegas que acabara de conhecer, contou que “eles perceberam que éramos israelenses”.
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“Nesse momento, eles me atacaram. Um deles me atingiu na nuca e comecei a sangrar. Outros me empurraram e arrancaram o colar do meu pescoço. Empurrei um dos agressores mascarados e todos pularam em mim”, contou ele ao jornal.
Segundo ele, a caminho da delegacia, ao gritar “Deus abençoe Israel”, foi atingido por spray de pimenta lançado por um dos manifestantes.
Marciano, que tem 24 anos, disse que a polícia “não fez nada, mas não posso culpá-los”, pois havia “muitos manifestantes e não há muito que a polícia possa fazer contra tantos”.
Ele também relatou que um “cara negro alto segurou uma faca” contra ele e disse: “Você tem sorte de eu não estar te esfaqueando”.
Marciano afirmou ainda que não tem intenção de esconder sua identidade judaica, já que carrega a dor de ter perdido um primo em 7 de outubro de 2023 e outro na Operação Borda Protetora, em 2014.
Segundo relatou, aproximadamente três horas depois da agressão, na qual sua corrente com a Estrela de Davi foi arrancada, ele estava em um restaurante quando um chinês se aproximou e entregou de volta o colar.
Escalada de antissemitismo
Logo após o ocorrido, o Departamento de Polícia de Santa Mônica emitiu um comunicado afirmando estar “profundamente perturbado com um ato de violência em que um homem foi cercado, agredido e discriminado por causa de sua identidade religiosa”.
A corporação acrescentou que o episódio está sendo investigado como crime de ódio e reiterou sua condenação a todas as formas de ódio e antissemitismo.
Segundo a nota, a apuração permanece ativa, com detetives revisando gravações e seguindo pistas.
A representação da Liga Antidifamação (ADL) na Califórnia, por sua vez, manifestou condenação ao ocorrido.
“Nos Estados Unidos, atacar israelenses e judeus com violência é abominável e um crime de ódio”, disse o diretor regional interino da ADL em Los Angeles, Peter Levi.
“Estamos vivenciando uma escalada deplorável de antissemitismo no sul da Califórnia, o que justifica a atenção imediata das autoridades policiais, líderes comunitários e autoridades eleitas. Apelamos a todos para que se posicionem contra a violência e a intimidação que têm como alvo nossa comunidade”, acrescentou.
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