Depois que Israel foi atacado por militantes palestinos com mais de 400 mísseis e morteiros em um período de 24 horas, mais que o dobro do número disparado na guerra de Gaza de 2014, rabinos israelenses observaram alguns sinais bíblicos do fim dos tempos.
O rabino Pinchas Winston, estudioso sobre o fim dos tempos, afirmou conflitos de proporções relativamente pequenas, como o que ocorreu em Gaza, poderia despertar a guerra de Gogue e Magogue.
De acordo com a profecia bíblica de Ezequiel, a guerra de Gogue e Magogue acontecerá em um período de paz, no qual nações atacarão o Messias e seus seguidores em Israel. Apocalipse mostra que, ao final dessa batalha, Jesus Cristo sairá vitorioso e Satanás será lançado no lago de fogo e enxofre.
“No momento, você nunca sabe o que pode desencadear uma guerra”, disse o rabino Winston à Breaking Israel News. “A Primeira Guerra Mundial foi desencadeada pelo assassinato do arquiduque Franz Ferdinand. A guerra de 2014 em Gaza foi desencadeada pelo assassinato de três jovens rapazes. O mesmo vale para a Guerra de Gogue e Magogue”.
Winston acredita que Gogue e Magogue não será uma guerra caracterizada por questões políticas, mas será movida para o cumprimento dos propósitos eternos. “É o modo de Hashem (Deus) edificar nossa fé e confiança Nele nos últimos dias”.
No entanto, o rabino advertiu que nem mesmo as profecias podem ser usadas para preparar os crentes para a batalha final. “Gogue e Magogue são inevitáveis, mas quando se manifestar, dependeremos da nossa relação com Deus”, disse o rabino Winston. “Nós podemos adoçar o julgamento a ponto de mal notarmos a guerra ou isso pode ser mais horripilante do que podemos imaginar”.
Estratégias de guerra
A Bíblia descreve inúmeras guerras em ricos detalhes. O rabino Hillel Weiss, porta-voz do Sinédrio, observou que, assim como os judeus eram ordenados a observar os mandamentos bíblicos, há orientações específicas para as guerras. “Existem muitas leis na Torá sobre como travar uma guerra”, disse ele.
Weiss explicou que existem três tipos de guerra: a primeira é pela existência de Israel, a segunda é por razões políticas ou econômicas em sua fronteira e a terceira será travada no fim dos tempos.
“As fronteiras de Israel não são arbitrárias e nem foram estabelecidas por nenhum órgão político. Quando a nação de Israel não cumpriu o mandamento de conquistar inteiramente a terra no tempo de Josué, nós sofremos. O mesmo é verdade hoje”, disse o rabino.
Weiss observou que Israel foi estabelecido sobre princípios como sionismo e democracia, mas a palavra de Deus já não tem tanto espaço no governo. “Assim que o Sinédrio for estabelecido e Israel assumir seu papel de ‘luz para as nações’, as relações internacionais, até mesmo a guerra, se tornarão uma questão muito diferente”.