Treze cristãos foram libertados da prisão na Eritreia, no final de julho, após uma campanha de oração.
Segundo a Voz dos Mártires (VOM), as sete mulheres e os seis homens estavam detidos a 10 anos, sob falsas acusações.
A VOM, uma missão que apoia cristãos perseguidos, lançou uma campanha no dia 22 de julho, pedindo que cristãos orassem pela libertação de dois pastores da igreja da Eritreia.
O ministério também forneceu informações para as pessoas enviarem cartas à Embaixada da Eritreia, apelando pela libertação dos líderes eritreus.
Mais de 10 mil pessoas participaram, e seis dias depois, os 13 cristãos foram libertados da prisão.
“Agradecemos ao Senhor pela liberdade desses irmãos e irmãs que foram libertados da prisão na Eritreia. Agradecemos a Ele por intervir em nome desses 13”, declarou Todd Nettleton, porta-voz da VOM.
E pediu: “Não pare de orar. Ainda há mais de 300 cristãos nas prisões da Eritreia. Não deixe de ser uma voz para eles na Embaixada da Eritreia”.
Os dois pastores, Haile Nayzgi e Kiflu Gebremeskel, que foram o foco da campanha, não foram libertados. Em julho deste ano, os líderes completaram 7 mil dias na prisão – quase 20 anos.
Segundo Todd, eles nunca foram acusados formalmente de um crime e foram negados de ter apoio jurídico e um julgamento.
Perseguição na Eritreia
A Eritreia acaba de completar 20 anos de perseguição estatal. A ditadura da África Oriental fechou a maioria de suas igrejas em maio de 2002, proibindo todas as religiões, exceto o islamismo sunita, ortodoxo eritreu, catolicismo romano e a igreja luterana.
“Da noite para o dia, os cultos públicos foram restritos apenas às igrejas ortodoxa, católica e luterana. Mas, embora o governo pudesse trancar as portas das igrejas, não poderia mudar seu propósito ou interromper seu trabalho”, relatou Todd Nettleton.
Acredita-se que a maioria dos prisioneiros cristãos seja pentecostal ou evangélica. Mesmo as igrejas registradas estão sob rígido controle.
Sendo assim, todos os cristãos no país continuam a adorar em congregações proibidas e são considerados inimigos do estado.
Presos em contêineres
Vários presos são mantidos em contêineres de aço, expostos ao calor escaldante do deserto durante o dia e ao frio intenso à noite.
Alguns são espancados e torturados para tentar forçá-los a desistir do cristianismo. As autoridades prisionais proíbem a oração em voz alta, o canto, a pregação ou a leitura de livros religiosos.
A Eritreia é o 4º pior país do mundo para quem se decide por Cristo.