Pelo menos 20 cristãos foram degolados e vários outros sequestrados durante um ataque terrorista no início do mês em Kainama, um vilarejo da República Democrática do Congo.
O ataque aconteceu em 4 de outubro por extremistas da organização terrorista Forças Democráticas Aliadas (ADF), um grupo armado que opera na Uganda e no Congo.
De acordo com a organização International Christian Concern (ICC), um evangelista está entre os vinte cristãos decapitados.
Sobu Mundeke era evangelista da Igreja Anglicana do Congo e tinha viajado para Kainama em busca de comida para sua família, deslocada na cidade de Beni.
Uma das primeiras fontes ouvidas pela ICC relatou: “Me dói informar que perdemos 20 cristãos do campo de Banande-Kainama e nosso evangelista, Sobu Mundeke, é um deles. Seus corpos estão espalhados por todo lado e as casas foram incendiadas pelos rebeldes da ADF.”
“Sobu chegou semana passada de Beni em busca de comida para sua família; mal sabia ele que estava vindo para ser morto”, continuou a fonte. “Também confirmamos que outras pessoas estão desaparecidas e sabemos que foram levadas pelos combatentes muçulmanos”.
Evangelista já havia sofrido ataque
Sobu e sua família foram forçados a se deslocar em 28 de maio, depois que o grupo ADF invadiu a vila cristã de Vido, matando 16 pessoas e incendiando dez casas.
O evangelista e sua família foram morar na cidade de Beni, onde a equipe do ICC o conheceu em junho. Na época, ele contou à organização como aconteceu o ataque à sua aldeia natal.
“Eu ouvi eles. Eles gritavam em árabe e suaíli, dizendo que os kafirs [incrédulos] deveriam ser mortos, todos eles, e que fariam do Congo um Estado islâmico. Eles diziam: ‘Atire em todos os cristãos! Mate todos eles e queime as casas deles!’”
O grupo militante islâmico ADF continua realizando ataques contra cristãos no leste da República Democrática do Congo, deixando para trás um rastro de perdas e destruição. Além das mortes de cristãos congoleses, os combatentes têm destruído abrigos, lojas, hospitais e veículos. Seu objetivo é impor o domínio islâmico aos cristãos.