Incêndios têm sido comuns no campo de refugiados Cox's Bazar, no sudeste de Bangladesh, o maior assentamento do mundo, onde vivem mais de 900 mil pessoas. A maior parte dos refugiados são rohingyas, minoria muçulmana fugida de Mianmar.
Só neste ano, já foram seis incêndios em Cox's Bazar. O último deles matou 1 criança e destruiu 400 barracos e dois centros de aprendizagem.
Um dos incêndios, que aconteceu em janeiro destruiu mais 600 abrigos. Em março de 2021, um grande incêndio matou 15 pessoas e deixou cerca de 45 mil sem abrigo.
É nesse trágico cenário – de crise humanitária e vulnerabilidade – que a World Mission atua junto aos refugiados.
Incêndios e explosões
Greg Kelley explica as ocorrências dos incêndios e explosões constantes no assentamento:
“As pessoas vivem desse tipo de cilindros de gás. Pense em um tanque de propano. É esse tipo de coisa. E há eventos regulares em que eles simplesmente explodem. Um explodiu recentemente, apenas nas últimas semanas. E isso causou um inferno, onde todas as casas nas proximidades pegaram fogo.”
Além disso, a temporada de monções também explica os incêndios em Cox's Bazar. A região está agora entrando na estação desse fenômeno, que provoca grandes ventos, associados à alternância entre a estação das chuvas e a estação seca.
“As pessoas vivem debaixo de uma lona. E haverá chuvas constantes e longas”, diz Kelley, segundo sua experiência neste campo.
Esse tipo de condição torna a vida muito difícil para os rohingyas, diz Kelley. “As coisas são lavadas. As pessoas estão se afogando. Todo tipo de coisas horríveis acontece.”
Ministrando aos Rohingyas
O sofrimento dos rohingyas é piorado pela atuação de grupos combatentes e traficantes sexuais que atacam crianças no campo. E nesse ambiente, a World Mission trabalha para suprir as necessidades básicas das pessoas e compartilhar o amor de Jesus.
“Quando respondemos a este incêndio recente, 50 rohingyas receberam Jesus como seu Senhor e Salvador. Demos a eles nossas Bíblias em áudio movidas a energia solar na língua rohingya”, conta Kelley, mostrando o resultado do esforço missionário.
Com esse grupo e outros que entregaram suas vidas a Jesus, já há uma pequena Igreja Rohingya.
“Na janela de 2017 a 2019, [os rohingya] foram empurrados através da fronteira da maneira mais violenta imaginável pelos militares, principalmente budistas, de Mianmar”, conta Kelley.