Na última sexta-feira (27), seis americanos foram detidos na Coreia do Sul após tentarem enviar itens pelo mar para a Coreia do Norte — entre eles miniaturas de Bíblias.
Os americanos tentaram transportar cerca de 1.600 garrafas plásticas contendo arroz, miniaturas de Bíblias, notas de 1 dólar e pendrives.
Segundo a polícia local, eles foram detidos na Ilha de Gwanghwa, local próximo à fronteira entre as Coreias, antes de jogarem as garrafas no mar para que elas flutuassem até a costa norte-coreana.
As autoridades informaram que os americanos estão sendo investigados por alegações de violação da lei de gestão de segurança e desastres.
Segundo as regras de privacidade, os policiais — que pediram anonimato por não estarem autorizados a falar com a imprensa — se recusaram a divulgar informações pessoais dos americanos detidos.
A polícia de Ganghwa afirmou que não conseguiu identificar o conteúdo dos pendrives apreendidos. Já a Embaixada dos EUA na Coreia do Sul não comentou o caso até o momento.
Perseguição contra os cristãos
Por anos, muitos tentaram enviar garrafas plásticas ou balões para a Coreia do Norte com materiais evangelísticos e outros objetos. Porém, essa prática foi proibida entre 2021 e 2023, devido a preocupações com as tensões entre os países.
Mediante o regime comunista de Kim Jong-un, a posse de uma Bíblia pode levar à execução. Apesar dos esforços incansáveis do governo para eliminar o cristianismo (e qualquer religião), o Evangelho continua crescendo na Coreia do Norte.
Em uma entrevista ao International Christian Concern (ICC), o cristão norte-coreano Illyong Ju falou sobre a perseguição de cristãos na Coreia do Norte. Sua família foi destruída, com muitos membros levados para campos de prisioneiros políticos depois que sua fé foi descoberta.
Assim como ele, mesmo sob constantes ameaças e riscos, muitos cristãos continuam pregando a Palavra de Deus no país.
Um missionário da missão Portas Abertas falou sobre a perseguição no país e explicou: “Cristãos são considerados espiões em busca de informações das autoridades norte-coreanas. Por isso, são alvos de perseguição extrema”.