Na última semana, supostos terroristas islâmicos mataram 23 pessoas durante ataques em vilarejos na Nigéria.
Os ataques ocorreram nos dias 16 a 19 de fevereiro. Além das mortes, 10 pessoas foram feridas, cinco moradores sequestrados e 28 casas foram incendiadas.
Segundo o International Christian Concern, não há informações se estes ataques são coordenados ou se os mesmos terroristas estão cometendo cada ataque na área.
No dia 16, os agressores invadiram a comunidade Kwassam, no estado de Benue. Na ocasião, eles queimaram seis pessoas vivas e raptaram outras cinco.
Na madrugada do dia 18, os extremistas mataram 11 cristãos e incendiaram 28 casas na aldeia de Adama Dutse, no estado de Kaduna.
Os moradores da aldeia confirmaram o ataque e afirmaram que “os agressores estavam em muitas motocicletas, gritando 'Allah Akbar' [Deus é Maior]”.
Audu Tanko, do condado de Kajuru, relatou: “A polícia chegou sete horas depois do ataque para tirar fotos e fazer perguntas”.
“Há tensão agora na minha aldeia. Somos mortos por causa da nossa fé em Jesus”, acrescentou.
Um dia depois, os suspeitos atacaram uma comunidade cristã em Katsina. A polícia da Nigéria confirmou que seis pessoas morreram e 10 ficaram feridas durante o ataque.
Violência na Nigéria
Em um comunicado à imprensa, o porta-voz da polícia nigeriana Abubakar Aliyu, informou que os agressores invadiram a aldeia de Nasarawa, no estado de Katsina, com armas pesadas, na última segunda-feira (19).
“No total, seis pessoas foram mortas a tiros e cerca de 10 ficaram feridas. Os homens armados também incendiaram três casas e cerca de 10 veículos”, disse ele.
Em meio ao aumento de ataques, sequestros e assassinatos no país nos últimos anos, cristãos acusaram o governo de ignorar os motivos religiosos e de não fazer o suficiente para proteger os cidadãos nigerianos.
De acordo com a Lista Mundial da Perseguição (LMP) da Portas Abertas, a Nigéria ocupa o 6° lugar no ranking de países onde cristãos são mais perseguidos por causa da fé em Jesus.