O diácono de uma igreja copta, em Alexandria, no Egito, foi esfaqueado sete vezes, na noite de 15 de fevereiro. Magdy Awad Allah foi levado ao hospital após ser atacado pelo próprio vizinho.
O muçulmano Rahman Farghaly primeiro armou uma emboscada para o filho de Magdy, dizendo que estava doente e pedindo que ele fosse à farmácia comprar um remédio para ele.
Quando Thomas, 17 anos, entrou no apartamento para entregar o remédio, foi atacado com uma faca. O jovem, porém, conseguiu fugir para a varanda, trancou a porta e começou a gritar por socorro.
Allahu Akbar (Alá é grande)
Quando Magdy ouviu o filho, tentou invadir a casa de Rahman para salvá-lo, quando foi esfaqueado em várias partes do corpo. Durante a agressão, o ofensor dizia: “Oh, kaffirs (infiéis) — Allahu Akbar (Alá é grande)”.
Os vizinhos interferiram na situação e levaram o cristão para o hospital. Um membro da mesma igreja do diácono garantiu que essa foi a primeira vez que Magdy foi atacado e que nem ameaças ele tinha sofrido até aquele momento.
“Magdy é um homem muito pacífico. Ele não tem inimigos e nunca criou problemas com ninguém. É um membro honesto da igreja e amado por todos, incluindo as pessoas da região”, testemunhou.
Álibi de muçulmanos violentos
No momento, Magdy está se recuperando em casa e Thomas está traumatizado com a situação e tem dificuldades para dormir.
De acordo com a Portas Abertas, o agressor é conhecido na comunidade por maltratar cristãos locais. Rahman foi preso pela acusação de tentativa de homicídio, mas o Ministério Público do Egito vai enviá-lo para um hospital psiquiátrico.
Alegar “problemas psicológicos” acaba sendo um álibi para os extremistas egípcios quando são acusados de agredir cristãos. A mídia local também está advertida a não veicular esse tipo de crime como religioso.
Em 2020, o ataque a uma cristã chamada Catherine Ramzy, que teve o pescoço cortado pelo radical islâmico Mamdouh A., também não deu em nada. O extremista já tinha atacado da mesma forma outra seguidora de Jesus e em ambas as situações não respondeu pelos crimes porque alegou ser portador de uma doença mental.
“O que aconteceu comigo foi um ataque terrorista, um extremista agindo de acordo com as crenças dele. Se ele sair às ruas novamente, vai repetir o crime e mais mulheres serão vítimas”, explicou Catherine na época.