Cristãos no Irã são condenados a 10 anos de prisão por liderarem igreja doméstica

Os três crentes ainda receberam uma “privação de direitos sociais” com duração de 10 anos, após sua libertação.

Fonte: Guiame, com informações de Internacional Christian Concern e Article 18Atualizado: sexta-feira, 13 de maio de 2022 às 13:08
Anooshavan Avedian está entre os três cristãos presos. (Foto: Article 18).
Anooshavan Avedian está entre os três cristãos presos. (Foto: Article 18).

Três cristãos no Irã foram condenados a 10 anos de prisão por liderarem uma igreja doméstica, no dia 11 de abril, após serem considerados culpados dos crimes de “atividade de propaganda contra o sistema” e “agir contra a segurança do país através da organização e liderança de uma igreja evangélica doméstica”.

Anooshavan Avedian, Abbas Soori e Maryam Mohammadi ainda receberam uma “privação de direitos sociais” com duração de 10 anos após sua libertação, restringindo os tipos de emprego que podem ter, por exemplo. 

De acordo com o International Christian Concern, organização que monitora a perseguição no mundo, Abbas e Maryam também foram proibidos de fazer viagens internacionais durante dois anos, de participar de eventos políticos ou sociais e de manter residência em sua cidade natal, Teerã.

Cada um dos dois crentes foram condenados a pagar uma multa de 2 mil dólares.

Eles foram presos pela primeira vez em agosto de 2020, depois que 30 agentes de segurança invadiram um culto doméstico, com cerca de 17 crentes reunidos, na casa de Anooshavan. 

As autoridades confiscaram Bíblias e dispositivos de comunicação e todos os presentes foram obrigados a enviar formulários com suas informações pessoais. 

Os crentes da igreja doméstica ainda tiveram que assinar um termo de compromisso, se comprometendo a não se reunir novamente com cristãos e igrejas. 

No dia 8 de maio, outros cinco cristãos também foram presos em Rasht. Behnam Akhlaghi e Babak Hosseinzadeh, Ahmad (Youhana) Sarparast, Ayoub (Farzin) Pour-Rezazadeh e Morteza Mashhoodkari foram detidos em uma operação simultânea.

Os agentes ainda confiscaram materiais cristãos e dispositivos de comunicação. Behnam e Babak foram libertados no dia seguinte, sob o aviso de que seriam convocados novamente.

Os dois seguidores de Cristo já haviam sido presos e cumprido dois anos de prisão, antes de serem absolvidos das acusações de “agir contra a segurança nacional” e “promover o cristianismo sionista”, em novembro de 2021. 

O Irã ocupa a 9° posição na Lista Mundial da Perseguição 2022 de países mais perigosos para ser um cristão da Missão Portas Abertas. Apesar da perseguição islâmica severa, é um dos países do mundo onde o cristianismo mais cresce, a uma taxa de quase 20% ao ano, conforme a Operation World.

 

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