Seis cristãos foram violentamente assassinados e tiveram sua aldeia incendiada por militantes do grupo extremista Al Shabaab, na madrugada desta segunda-feira (3), no vilarejo de Widhu, condado de Lamu West, no Quênia.
Stephen Sila, um pastor local, descreveu o ataque como terrorista. “É uma visão horrível de corpos de pessoas mortas e casas em chamas. Este é inegavelmente um terrível ataque terrorista”, disse ao International Christian Concern (ICC), uma organização que monitora a perseguição no mundo.
O pastor foi informado sobre o atentado por membros de sua igreja que moram na aldeia cristã e se dirigiu ao local. “Eu contei sete casas que foram incendiadas, quatro corpos de pessoas queimadas irreconhecíveis. Um corpo morto a tiros do lado de fora de uma casa queimada e outro corpo decapitado ao lado dele”, relatou Stephen.
Segundo o líder, alguns moradores da vila conseguiram fugir no escuro e a polícia ainda está à procura deles. As autoridades também estão evacuando os que ficaram feridos para receberem atendimento médico.
Os moradores da aldeia se reuniram para discutir a falta de ação dos oficiais de segurança para proteger a comunidade cristã de ataques extremistas. O chefe da polícia do condado de Lamu disse aos aldeões que policiais estão em busca dos militantes, que provavelmente voltaram para a Floresta de Boni.
Um líder que supervisiona as Igrejas do interior de Lamu, na África Ocidental, afirmou que os crentes estão em risco no Quênia. “O inimigo ainda está vagando livremente em nossa região”, denunciou ao ICC.
“Estamos tristes porque seis cristãos perderam suas vidas e deixaram suas famílias, e todo o corpo de Cristo está sofrendo. Apelamos ao governo para aumentar seu compromisso de proteger o povo desta grande nação. Também pedimos ao corpo global de crentes que juntem as mãos a nós em oração e apoio material para as famílias afetadas”.
O Al-Shabaab, um grupo terrorista com base na Somália e alinhado à Al-Qaeda, tem realizado ataques no país durante o início de cada ano. Em 15 de janeiro de 2019, 21 pessoas foram mortas pelos extremistas num hotel de luxo na capital Nairóbi. Em 5 de janeiro de 2020, a base militar queniana e norte-americana, em Lamu, foi atacada pelo grupo.