Na última semana, dois cristãos foram torturados por muçulmanos depois de serem forçados a recitar credo islâmico no distrito de Sialkot, no Paquistão.
No dia 22 de janeiro, Azam Masih, de 28 anos, e seu irmão, Nadeem Masih, foram sequestrados, espancados com barras de ferro e pressionados a se converterem ao Islã.
Segundo Adil Ghauri, presidente do “Movimento para o Despertar Cristã, Azam estava trabalhando em sua alfaiataria quando um homem chamado Naseem Shah e seus cúmplices chegaram armados e o levaram à força para a casa de Sunny Shah, um dos suspeitos.
“Os agressores acusaram Azam de patrocinar 'crimes' na área e começaram a espancá-lo com barras de ferro”, disse Ghauri ao Morning Star News.
Os extremistas também sequestraram seu irmão mais novo e o submeteram à mesma tortura.
“O suspeito forçou os dois cristãos a recitarem o Kalima [proclamação da conversão islâmica] se quisessem salvar suas vidas, ameaçando matá-los se recusassem. Os irmãos não tiveram escolha e se renderam à exigência”, contou Ghauri.
E continuou: “Os suspeitos também gravaram um depoimento em vídeo dos dois irmãos, no qual eles foram forçados a dizer que estavam se convertendo ao Islã por vontade própria”.
Os agressores levaram os celulares e outros pertences dos cristãos antes de os libertarem.
Suporte à família
De acordo com Ghauri, os irmãos concordaram em não denunciar a agressão, pois temiam às ameaças dos extremistas.
“Tivemos conhecimento deste incidente em 24 de janeiro e imediatamente entramos em contato com a família”, disse Ghauri.
“Depois de muita insistência, conseguimos convencê-los de prestar queixa à polícia, pois manter o silêncio encorajaria os agressores a atacarem mais cristãos que vivem na aldeia”, acrescentou.
Mais de 300 famílias cristãs vivem na região. A polícia local prendeu alguns muçulmanos acusados de terem conduzido o crime e registrou acusações contra os suspeitos.
“Os suspeitos, Naseem e Sunny, têm antecedentes criminais e estiveram envolvidos no incitamento ao ódio contra os cristãos. E esta não é a primeira vez que os cristãos são alvos naquela área”, disse Ghauri.
Ghauri contou que líderes cristãos locais se reuniram com muçulmanos e funcionários do governo para manter a paz na aldeia. No entanto, os dois irmãos e sua família se esconderam e cortaram contato com aqueles que estão tentando fornecer ajuda jurídica a eles.
“A família cortou todos os contatos por medo de represálias dos muçulmanos acusados. Estamos tentando encontrá-los, porque suas declarações são cruciais para garantir o processo contra os suspeitos”, informou ele.
“O ataque foi uma prova de que conversões forçadas estavam a ocorrer no Paquistão sob vários pretextos. Não só os menores, mas até os nossos jovens estão sendo alvo de extremistas islâmicos”, acrescentou.
E concluiu dizendo: “Estes incidentes justificam a nossa exigência genuína de criminalizar as conversões religiosas forçadas no Paquistão”.
O Paquistão está classificado como o 7 lugar mais difícil para ser cristão no mundo, na Lista Mundial de Observação da Portas Abertas de 2024.