A economia da Índia está crescendo, e sua população pode, em breve, ultrapassar a China como a maior do mundo. Mas por trás dessas tendências existe algo muito maior: o cristianismo está crescendo mais rápido do que os líderes do governo admitem, e as mudanças espirituais estão remodelando uma nação que tem sido identificada, há milhares de anos, pelo hinduísmo. Segundo o escritor J. Lee Gray, que esteve no país essa semana, um milagre está acontecendo na Índia. "O mais notável é que as pessoas que espalham o Evangelho de forma mais ativa não são missionários estrangeiros, mas os evangelistas indianos que são tidos como parte inferior do sistema opressivo de castas", relata. Ainda que a Índia tenha supostamente proibido o sistema de castas, os dalits ainda sofrem um intenso estigma social e discriminação nos âmbitos da educação, emprego e moradia. Apesar da contínua opressão, os dalits são a principal razão da difusão do Evangelho no país.
"As mesmas pessoas que foram informadas de que não eram dignos o suficiente para entrar em um templo hindu, estão descobrindo que Jesus Cristo tocou leprosos, pecadores e outros 'intocáveis' daquela época e os convidou para jantar em sua mesa", afirma Gray.
O escritor conta que os cristãos indianos de castas mais baixas descobriram seu verdadeiro valor e dignidade depois de conhecer a Jesus. "Eu estava feliz por adorar com eles, os abracei, comi com eles e os lembrei que não há sistema de castas no Reino de Deus", conta.
Enquanto isso, uma intensa guerra política-espiritual acontece na Índia. O primeiro-ministro Narendra Modi, eleito em 2014 como um ativista hindu auto-declarado, está trabalhando para que seu governo pró-hindu barre o crescimento do cristianismo — bem como o crescimento do Islã. Atos de violência contra os cristãos, incluindo o incêndio às igrejas, têm se intensificado.
"O tempo que passei na Índia me convenceu de que veremos um milagre enorme se desdobrar nesse país. Uma nação que foi fraudada para favorecer os ricos está, literalmente, sendo virada de cabeça para baixo por causa dos pobres 'intocáveis', que foram tocados por Cristo", conclui Gray.