Na Dabiq, revista de propaganda do Estado Islâmico, o grupo admitiu abertamentamente pela primeira que está entregando os integrantes da comunidade yazidi por escravos como prêmio de guerra.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas já denunciou, em julho, a perseguição aos cristãos e outras minorias no Iraque.
O Conselho condenou nos termos mais fortes “a perseguição sistemática de indivíduos de populações minoritárias e daqueles que se recusam a aceitar a ideologia extremista do EI”. As autoridades não têm notícias sobre o paradeiro de centenas de mulheres e crianças.
Intitulado 'A recuperação da escravidão antes da hora', um artigo na Dabiq diz que ao escravizar pessoas acusadas de professar uma crença religiosa desviada, o EI restaurou o sentido original de um preceito da sharia, a lei islâmica.
"Após a captura, as mulheres e crianças foram divididas, segundo a sharia, entre os combatentes do Estado Islâmico que participaram nas operações de Sinjar", afirma o texto.
O único outro caso conhecido – embora muito menor – é o da escravização de mulheres cristãs e crianças nas Filipinas e na Nigéria pelos mujahidin [jihadistas].
O EI proclamou, em 29 de julho, a criação de um califado nos territórios sob seu controle no Iraque e na Síria, onde cometeu várias atrocidades, como sequestros, estupros e assassinatos.
com informações da Portas Abertas