O Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pelo assassinato de um cristão, em Bangladesh. O grupo disse que a morte de Hossain Ali serviu como uma "lição para os outros", segundo informou um grupo online que monitora atividades extremistas.
Três militantes em motocicletas aproximaram-se do homem de 68 anos de idade, que fazia seu passeio matinal regular na cidade de Kurigram e depois o esfaquearam no pescoço. Ele estava consciente dos perigos que enfrentava, uma vez que disse a um membro da equipe de Faculdade Redcliffe, em Gloucester: "Eles não sabem nada, eles não entendem, perdoa-os". Hossain também orou a Deus, "colocando sua vida sob o controle divino".
Bangladesh tem visto uma onda de violência islâmica, na qual ativistas liberais, membros de seitas muçulmanas minoritárias e outros grupos religiosos têm sido alvo de extremistas.
De acordo com o site baseado em nos EUA, 'Intelligence Group', o Estado Islâmico disse no Twitter que "um grupo de segurança" matou o "pregador" para servir como uma "lição para os outros".
O chefe de polícia do distrito de Kurigram, Tabarak Allah, disse que três homens foram detidos para interrogatório, após o ataque.
Ao longo dos últimos meses, o Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pelas mortes de dois estrangeiros, os ataques contra membros de seitas muçulmanas minoritárias e outros grupos religiosos, mas a polícia diz que o grupo militante local Jamaat-ul-Mujahideen estaria por trás dos ataques.
Pelo menos cinco militantes do Jamaat-ul-Mujahideen foram mortos em tiroteios desde novembro, quando as forças de segurança intensificaram a repressão aos militantes que procuram transformar Bangladesh - uma nação muçulmana moderada de 160 milhões de pessoas - em um Estado baseado na Sharia (interpretação extremista do Corão, amplamente usada pelo Estado Islâmico).
O grupo terrorista também reivindicou recentemente, a autoria dos ataques no aeroporto e em uma estação na cidade de Bruxelas (Bélgica).