Ex-muçulmanos têm suas casas destruídas por se tornarem cristãos

Segundo o Morning Star News, os ataques foram os mais recentes, entre muitos casos de perseguição de cristãos em Uganda.

Fonte: Guiame, com informações do Morning Star NewsAtualizado: terça-feira, 4 de outubro de 2022 às 16:12
Aldeões muçulmanos destruíram a casa de Musa Wabwire no distrito de Kaliro, Uganda. (Foto: Reprodução/Morning Star News)
Aldeões muçulmanos destruíram a casa de Musa Wabwire no distrito de Kaliro, Uganda. (Foto: Reprodução/Morning Star News)

Um homem, pai de quatro filhos, foi espancada por muçulmanos por se converter ao cristianismo, além de ter sua casa totalmente destruída.

O fato aconteceu em Uganda, uma semana após uma convertida de 52 anos em um distrito vizinho também sofrer ferimentos que a deixaram incapaz de andar, segundo fontes.

Musa Wabwire, de 38 anos, estava orando em sua casa no dia 9 de setembro quando parentes e outros muçulmanos chegaram, conforme ele mesmo relata.

Ao sentir sua falta, durante as orações de sexta-feira, o líder da mesquita enviou um assistente que gravou secretamente um vídeo de Wabwire ouvindo um programa de rádio cristão, contou a vítima.

“Depois de ouvir isso, todos ficaram irritados e invadiram minha casa e me fizeram muitas perguntas, que não consegui responder”, disse Wabwire, que depositou sua fé em Cristo secretamente, enquanto servia como tesoureiro da mesquita.

“Só lhes disse que levassem a caixa de dinheiro e que ficasse com Cristo, que me bastava. Eles ficaram com tanta raiva e começaram a me bater enquanto gritavam: 'Kafir, Kafir [infiel]!'”

Firme na fé em Jesus

Quando Wabwire se recusou a renunciar a Cristo, o grupo o açoitou com 40 chicotadas e com paus, disse ele. O irmão mais velho da vítima, que é um imã de uma vila próxima, ordenou a destruição de suas plantações e de seus aposentos na propriedade, disse ele.

“Meus pertences foram jogados na chuva e ficaram todos molhados”, disse Wabwire. “Meus irmãos disseram que eu não deveria ser morto, mas sim deixar a propriedade.”

Sua esposa fora da cidade visitando sua mãe doente, Wabwire saiu com alguns de seus filhos, que já haviam voltado para casa, disse ele. O ex-muçulmano, sua esposa e filhos, todos ainda crianças, precisaram se refugiar em um local não revelado por motivos de segurança.

Mulher agredida

Outra vítima de ataques por sua fé, Shadia Namuzungu sofreu violência física de muçulmanos dois dias depois de entregar sua vida a Jesus, no distrito vizinho de Kibuku.

A mãe de 52 anos participava de um evento evangelístico em 14 de setembro na vila de Kituti quando foi atacada, contou.

“Eu sofria de dores de estômago agudas há mais de três anos”, disse Namuzungu ao Morning Star News. “Recebi oração e a dor desapareceu. Após a reunião, decidi ver o pastor.”

Após depositar sua fé em Cristo, a mulher, que agora está hospitalizada devido às agressões, conta que voltou da reunião de oração para sua casa com grande alegria e paz.

No caso de Namuzungu, também foi o imã de sua mesquita, Kaire Jamada, que a viu receber oração durante o evento evangelístico. Depois, ele e outros muçulmanos foram para sua casa, contou a mulher.

Testemunho de cura

Quando o líder da mesquita a questionou sobre receber oração do pastor, ela lhe disse que havia recebido uma cura milagrosa de Cristo depois de uma longa doença e por isso decidiu segui-lo.

“O imã ficou incrédulo e saiu sem dizer uma palavra”, disse Namuzungu ao Morning Star News. “Mas no dia seguinte, ele voltou com seis outros muçulmanos. Quatro deles começaram a destruir minhas plantações, mataram minhas ovelhas e começaram a derrubar minha casa.”

Dois dos muçulmanos a espancaram com paus e a chutaram e esbofetearam, contou a mulher. Os homens só pararam quando os vizinhos que ouviram seus gritos chegaram.

“Shadia começou a desmaiar”, disse um vizinho cristão que chegou e a levou a uma clínica médica. “Ela teve ferimentos profundos nas costas, ambas as mãos, estômago, pernas e olhos inchados”.

Ele contou que, depois de vários dias no hospital, ainda não conseguia andar.

Perseguição

Segundo o Morning Star News, os ataques foram o mais recente de muitos casos de perseguição de cristãos em Uganda.

A constituição do país e outras leis preveem a liberdade religiosa, incluindo o direito de propagar a própria fé e converter de uma crença para outra.

Os muçulmanos não representam mais de 12% da população de Uganda, com altas concentrações nas áreas orientais do país.

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