Segundo a organização missionária Christian Aid Mission, que tem tido forte atuação no Nepal, o espaço para a pregação do Evangelho tem crescido, mas o "falso ensino" vindo de outros grupos religiosos tem se disseminado.
"Quando houve perseguição, professar o nome de Cristo custava muito caro. Mas desde que o governo se tornou secular, há liberdade, e por isso há muitos falsos ensinos chegando. Por isso é imperativo que eles saibam qual é o verdadeiro ensinamento", disse o diretor do Christian Aid Mission no Nepal.
"Com as Testemunhas de Jeová, os Mórmons, o Evangelho da Prosperidade e outros, o problema está aumentando e as pessoas sentem a necessidade de se alimentar da verdade das Escrituras", continuou.
Liberdade
O documento assinado por Yadav define o Nepal, um país de maioria hindu, como uma nação secular, dividida em sete províncias federais. O acordo foi assinado na capital Kathmandu no dia 20 de setembro, depois de anos de disputas políticas.
Por um lado, nepaleses comemoravam a decisão com fogos de artifício em Kathmandu. Por outro, violentas manifestações deixou pelo menos uma pessoa morta. Antes da assinatura, mais confrontos eclodiram entre as forças de segurança e radicais hindus. Bombas explodiram duas igrejas no distrito de Jhapa, no leste do país.
Apesar da violência e das restrições, o cristianismo floresceu no Nepal nos últimos anos, mesmo de forma discreta. Ainda minoria, hoje os cristãos nepaleses representam menos de 2% dos 26,5 milhões da população do país.
O Christian Aid Mission conta que plantou centenas de igrejas no país, e está ajudando a desenvolver mais 66 igrejas, 13 pontos de ajuda comunitária e 14 grupos de células.
"A colheita é grande, os trabalhadores são poucos", acrescentou o diretor. "Precisamos que as pessoas sejam capazes de levar o trabalho adiante".