Família cristã abre sua casa para receber 50 vítimas do Estado Islâmico, no Iraque

A família do médico Bashar Alsaqat tem ajudado a todos os feridos na guerra do Iraque: sejam cristãos ou até mesmo terroristas islâmicos.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: quinta-feira, 6 de abril de 2017 às 12:06
Família de Bashar Alsaqat. (Foto: Facebook)
Família de Bashar Alsaqat. (Foto: Facebook)

A família de um médico cristão que está usando seus talentos para salvar as vidas de feridos na guerra do Iraque, abriram sua casa para cerca de 50 pessoas que foram expulsas de seus lares, quando o grupo terrorista brutal Estado Islâmico assumiu o controle em partes do país.

Em uma entrevista com a agência de notícias Rome Reports, a família cristã iraquiana explicou que mesmo que centenas de milhares de outros cristãos no norte do Iraque tenham fugido da região, eles escolheram ficar e servir.

Bashar Alsaqat, que é um médico, disse que queria ficar e ajudar seus companheiros iraquianos que não tinham nenhum lugar para ir.

"O Estado Islâmico chegou em 2014. Todos fugiram da Planície de Nínive, mas nós decidimos ficar", disse ele. "Sou médico e minha esposa é professora. Ficamos para servir nosso povo".

Nabeela Jahola explicou na entrevista que a família até decidiu permitir que seus compatriotas deslocados busquem refúgio em sua própria casa. Ela então descreveu os sacrifícios que sua família fez para ajudar os menos afortunados.

"Tem sido um pouco difícil, em vez de cozinhar para quatro, tenho que cozinhar para 50", disse Jahola, a esposa de Alsaqat. "Deixamos a nossa cama e pegamos colchões para os outros, temos que nos levantar cedo para comprar comida para todas essas pessoas. Eles vieram à noite e sentimos a necessidade de ajudá-los, alimentá-los e fornecer uma cama onde Eles possam dormir".

As pessoas internamente deslocadas não são as únicas que esta família ajudou. Alsaqat explicou que ele tem experiência em curar muitos tipos diferentes de ferimentos de batalha, mas um dos desafios mais difíceis que enfrentou é tentar persuadir os médicos com os quais trabalhou para tratar também os combatentes do Estado Islâmico que apareceram feridos.

"O mais difícil é convencer meus colegas a operarem em pacientes do Estado Islâmico", disse Alsaqat. "Eles olham para estes homens como o inimigo, mas eu tento convencê-los de que aqueles também são seres humanos, por isso precisamos ajudá-los, mesmo que a operação dure duas ou três horas".


Bolsa do Samaritano
Alsaqat e seus colegas não são os únicos cristãos que estão dispostos a salvar as vidas, tanto de civis como de terroristas islâmicos no Iraque. A organização humanitárias evangélica 'Bolsa do Samaritano' tem mantido um hospital de campanha fora de Mosul, desde o início do ano e já salvou centenas de vidas.

Segundo o evangelista e presidente da organização, pastor Franklin Graham, os funcionários do hospital, que vêm de todo o mundo, também já operaram jihadistas islâmicos feridos.

"Nossas equipes médicas os trazem para dentro, executam a cirurgia, tratam de suas feridas e dão a todos os mesmos cuidado que um cristão compassivo receberia. Nós ajudamos a todos, em Nome de Jesus", Graham escreveu em sua página no Facebook em fevereiro.

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