O governo comunista da China fechou dois seminários teológicos no início deste mês, em mais um caso de repressão ao cristianismo no país.
Segundo o International Christian Concern (ICC), que monitora a perseguição no mundo, no dia 8 de agosto, o Escritório de Assuntos Civis do distrito de Lucheng, emitiu uma ordem para fechar os seminários, na cidade de Wenzhou.
O Instituto Bíblico Wenzhou Bowen e o Instituto Bíblico Wenzhou foram interditados ao serem considerados organizações ilegais por não terem se registrado junto ao governo.
O Instituto Bíblico Wenzhou Bowen foi fundado em 2007 e formou mais de 300 alunos. Para o ICC, o caso confirma mais uma vez a intenção do Partido Comunista Chinês (PCC) em fechar organizações religiosas, que não são controladas pelo estado.
Em janeiro deste ano, entrou em vigor na China o novo “Regulamento sobre a Construção de Segurança Pública”, intensificando a repressão contra o cristianismo e a vigilância contra cristãos.
Entre as prioridades contidas no Novo Regulamento está o “controle de atividades religiosas ilegais”, ou seja, qualquer grupo não aprovado pelo PCC será combatido pela liderança governamental.
Aumento da repressão ao cristianismo
Em março, uma nova lei chinesa também entrou em vigor, tornando ainda mais rígido o controle sobre os cristãos no país. A regulamentação tornou ilegal a criação ou compartilhamento de qualquer conteúdo religioso online.
Dessa forma, todo tipo de encontro online de cunho religioso, desde uma simples reunião até uma pregação serão atos considerados “fora da lei”.
Conforme a Portas Abertas, o acesso legal à internet só será concedido às “Cinco Religiões Autorizadas”, que incluem a Igreja Católica Romana controlada pelo Estado e as religiões protestantes.
As cinco religiões reconhecidas oficialmente são o budismo, taoísmo, islamismo, catolicismo e protestantismo.
Mas, o “reconhecimento” não permite que tais religiões promovam a si mesmas ou possam se expandir facilmente. A meta parece ser impedir qualquer uma de adquirir força para fazer frente ao Partido Comunista.
Igrejas estão sendo monitoradas e fechadas. E não é apenas a introdução de novas leis que afeta a atividade cristã, é também a implementação mais rigorosa de leis já existentes, como a proibição da venda on-line de Bíblias.
Ocupando o 17º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2022, a China tem exercido extrema pressão sobre aqueles que seguem a Cristo. Está ficando cada vez mais difícil para a Igreja na China tentar se alinhar à ideologia oficial.