Uma mãe e sua filha de 10 anos sofreram queimaduras graves, e um evangelista foi morto após ataques de extremistas muçulmanos devido à fé cristã, em Uganda.
Na cidade de Namutumba, Zafara Nagudi, de 33 anos, e sua filha, Sharifa Nangobi, de 10 anos, se entregaram a Cristo em um evento evangelístico ao ar livre.
No dia 25 de março, Zafara relatou que não sabia que o seu marido muçulmano, Musobya Mujjibu, 37 anos, tinha voltado para casa quando ela e a sua filha, estavam declarando o nome de Jesus em oração.
Na ocasião, ela informou que estava preparando o jantar enquanto orava com Sharifa e a outra filha de 7 anos.
“Eu coloquei água para ferver para preparar um pão de milho. De repente, vi meu marido na porta da cozinha e imediatamente paramos de orar”, relembrou ela.
“Contei a verdade a ele, que estávamos orando a Jesus Cristo para ajudar nossa família. Ele ficou muito furioso e disse: 'Ouvi tudo, mas estou surpreso. Você é cristã ou muçulmana?'”, acrescentou.
Então, ela contou que há seis meses havia se convertido ao cristianismo e estava congregando em uma igreja.
“A partir daí, ele me deu um tapa e me chutou. Como ele estava na porta, não podíamos fugir. Ele pegou a panela com água quente e despejou em mim e na criança”, disse ela.
Mujjibu saiu de casa pensando que havia matado sua esposa e filha. No entanto, a mulher conseguiu pegar o telefone e ligar para a irmã que logo chegou com dois motociclistas para levá-las a um hospital.
Nagudi sofreu queimaduras menores porque usava roupas mais pesadas, mas sua filha sofreu queimaduras graves.
O Morning Star News informou que elas tiveram alta do hospital no dia 3 de abril e estão hospedadas na casa de um parente.
Evangelista morto
No dia 30 de março, Ronald Twinomugisha foi ameaçado por muçulmanos antes de ser morto a facadas, na aldeia de Busei B, no distrito de Iganga.
Twinomugisha se mudou para a região em fevereiro de 2022 e, no final de 2023, levou quatro muçulmanos a Jesus.
Após a conversão, os quatro ex-muçulmanos tiveram que se mudar devido a ameaças das suas famílias.
“Em março de 2023, Twinomugisha veio ao meu escritório e relatou mensagens ameaçadoras de muçulmano. A reclamação deles era porque o evangelista havia evangelizado os muçulmanos locais”, disse o presidente da área, Gozan Waiswa, ao Morning Star News.
“Por volta das 20h ouvi um alarme e um pedido de ajuda, seguido de um forte estrondo, como o de lenha partida”, contou uma fonte que não foi identificada.
“Era um lamento alto dizendo: 'Por favor, não me mate. Estou trabalhando para Jesus Cristo. Por favor, foi Jesus quem me enviou'. Tive medo de sair de casa, mas logo a voz parou”, acrescentou.
Os vizinhos encontraram o corpo de Twinomugisha em uma poça de sangue na manhã seguinte.
“Os agressores deixaram uma nota dizendo: 'Vocês têm enganado os muçulmanos e os levado a uma religião errada, os afastando do curso e do caminho de Alá'”, disse a fonte.
A polícia levou o corpo para um necrotério e iniciou a busca por quatro suspeitos.
O evangelista trabalhava produzindo e vendendo sabonete líquido e ajudou muitos jovens com suas habilidades.