Mais de 50 cristãos foram presos no Irã, nos últimos sete dias, de acordo com notícias da Portas Abertas.
A organização explica que eram ex-muçulmanos e que foram detidos numa nova onda de repressão em cinco cidades no Irã — Karaj, Rasht, Orumiyeh, Aligoudarz e a capital Teerã.
Os motivos das prisões permanecem ocultos, mas alguns cristãos foram liberados depois de pagar uma fiança.
‘Cristianismo visto como ameaça de segurança nacional’
O contexto é preocupante porque, em geral, os cristãos iranianos são vítimas de tortura e interrogatórios desumanos.
O Guiame publicou o caso do pastor Yousef Nadarkhani, que foi preso várias vezes por evangelizar e liderar igrejas domésticas no país. Além de ficar detido, ele foi torturado e espancado por policiais que tentavam extrair confissões e nomes de outros líderes cristãos.
Outro pastor iraniano, Abdolreza Ali-Haghnejad, conhecido por Mathias, recentemente, foi enviado para uma prisão que fica a mais de 1.600 km de sua casa.
Tudo porque as autoridades iranianas entendem que a fé cristã é uma influência ocidental e, portanto, uma ameaça à segurança nacional.
‘A situação é alarmante’
No caso dos mais de 50 cristãos detidos no período de 7 dias, seus familiares e amigos também foram surpreendidos com prisões arbitrárias.
Sem julgamento adequado ou qualquer tipo de convocação, a vida deles muda do dia para a noite, especialmente para as mulheres que ficam sem os maridos e pais em uma sociedade que não costuma respeitá-las ou acolhê-las sem o representante masculino.
Esse tipo de prisão acontece com frequência na nação que é a 8ª na Lista Mundial da Perseguição 2023, que classifica os países mais perigosos para os cristãos.
“No entanto, o número acima de 50 em tão pouco tempo, como ocorreu nesta semana, é alarmante. Por favor, ajude nossos irmãos iranianos em oração para que permaneçam firmes na fé”, pediu a organização.