A filha do pastor fundador da Igreja Zion, preso em recente operação do regime comunista na China, pediu que a Igreja global não esqueça de seus irmãos chineses perseguidos.
Em entrevista no programa de TV americano "Fox News Sunday", Grace Jin Drexel relatou que seu pai, o pastor Ezra Jin Mingri, foi detido em sua casa em Beihai, na província de Guangxi, em 10 de outubro.
Ezra foi acusado falsamente de divulgar informações online de forma ilegal e está preso na prisão da cidade.
"Sabemos que fazemos parte de uma comunidade cristã global e, por isso, apenas pedimos oração e pedimos que não nos esqueçam e não se esqueçam dos cristãos na China", declarou Grace, no programa.
No início de outubro, o regime de Xi Jinping prendeu 30 líderes da Igreja Zion, uma das maiores redes de igrejas domésticas do país, em operações noturnas em várias cidades chinesas.
O pai de Grace, o pastor Ezra, ajudou a fundar a Zion em 2007. Ele participou das manifestações na Praça da Paz Celestial em Pequim, em 1989, que pediram democracia e liberdade no país.
Grace disse que crê em uma libertação milagrosa do pai, mas reconhece que ele e os outros líderes enfrentarão uma batalha difícil na Justiça.
"Eu definitivamente, como cristã, também acredito em milagres, e estamos pedindo a libertação total, incondicional e imediata da minha família, bem como dos outros 21 que estão detidos", afirmou.
"Infelizmente, apenas olhando para outros casos na China, outros cristãos perseguidos, seria realmente um milagre se eles pudessem ser libertados de maneira tão rápida e incondicional. Então, estamos nos preparando para uma batalha legal mais longa, mas é o que parece que vai acontecer”, observou.
Repressão intensificada
O marido de Grace, Bill Drexel, que é membro do Instituto Hudson, destacou que a repressão contra a Igreja Zion é "a mais extensa repressão a qualquer igreja na China nos últimos 40 anos".
"Então, o que estamos vendo é uma séria escalada em várias cidades; é realmente nacional, e isso parece ser apenas o começo", comentou, à Fox News.
Para ele, o Partido Comunista Chinês prevê um momento político difícil no futuro e vai intensificar a repressão contra a população.
"Eles tendem a querer fechar as escotilhas em sua sociedade. Eles querem apertar os parafusos para que tenham controle absoluto por medo de que haja agitação pública”, avaliou.
Em setembro de 2018, a Igreja Zion foi proibida pelo governo comunista após resistir à instalação de câmeras de vigilância em sua sede em Pequim. Desde então, muitas de suas filiais foram investigadas e fechadas.
Segundo a ChinaAid, a operação de prisão é a “mais extensa e coordenada onda de perseguição” contra cristãos em mais de quatro décadas.
Repercussão internacional
O caso também provocou repercussão internacional. O Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, pediu a libertação dos líderes e afirmou que "essa repressão demonstra ainda mais como o PCC exerce hostilidade contra os cristãos que rejeitam a interferência do Partido em sua fé e optam por adorar em igrejas domésticas não registradas".
O ex-vice-presidente dos EUA, Mike Pence, e o ex-secretário de Estado, Mike Pompeo, também emitiram declarações condenando as prisões.
Pastores e congregações domésticas na China e nos EUA também têm pedido a libertação dos detidos.
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