Em uma estratégia para interromper resistentes rebeldes, militares lançaram ataques aéreos mortais em Mianmar. No dia 12 de janeiro, dois caças atacaram a aldeia Karen de Lay Wah, e destruíram duas igrejas.
Segundo a organização Voz dos Mártires, que atua em apoio à Igreja Perseguida, cinco pessoas foram mortas, incluindo uma mãe e seu filho pequeno, um professor católico e um pastor batista e outras pessoas ficaram feridas.
Desde que os militares tomaram o controle em fevereiro de 2021, os combates aumentaram em todo o país e a minoria cristã que reside em regiões próximas aos confrontos, suporta as consequências dos combates.
Nos últimos anos, os cristãos foram afetados em muitos casos de ataques semelhantes, pois igrejas e outras instituições religiosas parecem ter sido alvos específicos. Crentes se refugiam em congregações e acampamentos, sem alimentação ou cuidados médicos.
De acordo com a missão Portas Abertas, enquanto os militares atacam vilas cristãs, os monastérios budistas permanecem intocados.
Este último ataque aéreo é apenas um de uma série de ataques que destruíram mais de cem Igrejas nos últimos dois anos.
Ataque às igrejas
Em 15 de janeiro, as forças militares incendiaram uma igreja católica centenária e um convento, como parte de um ataque ao vilarejo de Chan Thar, na região de Sagaing. Mais de 3.000 aldeões foram forçados a fugir e a aldeia foi destruída.
Segundo a organização missionária Voz dos Mártires, um padre de Chan Thar afirmou estar decepcionado com o fato de que as forças armadas do país não são mais compostas por soldados profissionais que protegem a nação.
“Eles se tornaram grupos armados sem controle, cometendo todos os tipos de crimes, abusos e más ações”, informou o padre.