Desde meados de novembro, a cidade de Cabul tem sido abalada por ataques suicidas. Os principais alvos são pensões de estrangeiros, veículos da embaixada, tropas norte-americanas e a casa de um membro do parlamento afegão.
Hannelie Groenewald voltou para casa naquela tarde de sábado, após sair da clínica onde trabalha, para encontrar os corpos alvejados do filho Jean-Pierre (17), da filha, Rode (15) e de seu esposo Werner, sendo levados em ambulâncias.
Eles foram assassinados no distrito Karte Seh, na pousada em que moravam, junto com um funcionário afegão da organização Partnership in Academics and Development (PAD). Outro afegão visitando o complexo na época também foi morto a tiros.
Além de matar os três os militares do Talibã colocaram fogo na casa. A HAnnelie restou apenas a roupa que estava vestindo.
Em uma mensagem de Twitter enviada pelo porta-voz do Talibã, Zabiullah Mujahid, o grupo islâmico que luta pelo controle político do Afeganistão afirmou que o complexo do PAD mantinha no alojamento "um grupo missionário cristão em segredo”.
"Eles pensaram que Werner era um missionário tentando converter muçulmanos ao cristianismo, mas Werner não era. Ele era um agente em defesa dos Direitos Humanos, cristão, trabalhando em prol do Afeganistão. Ele fez um grande trabalho", disse um membro do governo afegão, negando a afirmação de se tratar de um grupo missionário.
Em seu perfil no Linkedin, Werner havia publicado: "Eu sou um agente de mudança. Onde quer que eu possa, eu tento influenciar as pessoas com mudanças positivas. Tenho grande paz em meu coração por saber que tenho contribuído para o avanço de outra pessoa na vida”.
com informações da World Watch Monitor / Portas Abertas