O Irã tem vivido dias cada vez mais complicados em 2020, mas um missionário local que lidera uma grande mobilização evangelística tem afirmado que o país está vendo o grande mover de Deus.
Como se não bastassem as violações dos direitos humanos cada vez mais flagrantes nos tempos anteriores, o país adentrou o ano com grande tensão após os EUA comandarem uma missão que resultou na morte do general Soleimani e os diversos contra-ataques iranianos, que levaram milhões de jovens a protestar nas ruas.
Logo após as manifestações, a rápida disseminação da pandemia mundial impactou também a nação islâmica e, para agravar ainda mais a crise, a infestação de gafanhotos em proporções bíblicas, um forte terremoto na capital Teerã e E então tivemos mais de 13 bombardeios misteriosos deixaram muitas regiões do país em situação crítica.
Segundo o missionário e diretor da ‘Global Catalytic Ministries’, que por questões de segurança se denominou apenas como ‘irmão M.’, os números relatados pelo governo iraniano sobre a Covid-19 no país estão muito abaixo da realidade.
“Minha nação tem mais de 82 milhões de habitantes. A Covid-19 nos atingiu cedo e com força. Tudo o que posso dizer é que os números relatados pelo governo iraniano (450.000 casos no total e 26.000 mortes no total) são significativamente baixos para o número de vítimas que o vírus teve e está levando”, explicou.
Porém, M. relatou que a Igreja subterrânea do Irã se mobilizou por 42 dias para orar e jejuar, clamando a Deus por socorro em meio a um cenário tão caótico.
“Precisávamos ouvir de Deus. Precisávamos saber o que Ele estava fazendo para que pudéssemos responder apropriadamente. É nossa convicção que Ele está preparando novos odres para um novo vinho; algumas coisas atingiram seu prazo de validade quando os últimos momentos de 2019 se passaram. Algumas coisas não deveriam ser levadas até 2020, e isso significa que não devemos levá-las até 2021 também”, afirmou.
Olhando sempre para Jesus
O missionário destacou que mesmo em meio a tantos golpes sofridos por sua nação, é preciso manter o foco Naquele que realmente pode apontar o caminho.
“A estrela que aponta o nosso norte é Jesus, e o resultado final pelo qual devemos prestar contas é o tempo e a energia que dedicamos para levar as pessoas a Jesus”, disse.
“A única Palavra eterna é Jesus, que é a Palavra de Deus. Posso dizer em primeira mão, depois de anos e anos vendo o Evangelho criar raízes na República Islâmica do Irã: o Espírito Santo resolverá as coisas secundárias. Elas são importantes. Elas importam. E Ele lhe dará o poder de perdoar seus inimigos. Ele pode curar nossa terra”, acrescentou.
M. continuou seu relato, lembrando que Deus está operando grandes coisas no Irã.
“Coisas incríveis estão acontecendo no Irã, para e através dos iranianos, pelo poder do Espírito Santo. E não temos a liberdade que há em países como a América! Mas vou lhe dizer uma coisa: vou superar o regime islâmico iraniano a qualquer momento. Eu tenho certeza disso”, afirmou. “Por quê? Porque o Espírito Santo está soprando sobre a perseguição, estamos suportando como discípulos de Jesus no Irã, e o Evangelho está varrendo nosso país e se espalhando com mais força e poder do que a Covid-19!”.
“Os iranianos vão expulsar o mar de vidro [Apocalipse 4:6]. Vamos precisar de muitos lugares à mesa na festa de casamento. Temos muita injustiça no Irã, e Deus vê isso e se importa. E Ele está lidando com isso, e Ele lidará com isso. Mas não estamos discipulando iranianos para resolver problemas temporais nesta era temporal. Estamos discipulando para a eternidade”, resaltou.
Ao final de seu texto, M. enviou uma mensagem aos cristãos de países ocidentais.
“Vocês têm a liberdade de pregar o Evangelho onde estiverem. Nós não. Nós realmente odiaríamos ver vocês desperdiçando seus direitos por algo menos do que a eternidade. Coloque seus olhos no Rei e no Seu Reino que está vindo, e mantenha-os lá. Nós amamos vocês. Nós somos por vocês. A igreja no Irã está orando por vocês. Estamos no mesmo time. E veremos vocês na eternidade”, declarou.