POPULAÇÃO: 32,3 milhões
CRISTÃOS: 17,4 milhões
RELIGIÃO: Cristianismo e islamismo
GOVERNO: República presidencialista
LÍDER: Filipe Jacinto Nyusi
POSIÇÃO: 45º na Lista Mundial da Perseguição
Já pensou se para ser um seguidor de Cristo você tivesse que aceitar grandes desafios? Por exemplo, enfrentar redes criminosas, grupos religiosos violentos, cidadãos e quadrilhas, oficiais do governo, líderes de grupos étnicos e até seus próprios parentes. Os moçambicanos aceitaram o desafio e estão vivendo assim.
Alvo de ataques de extremistas islâmicos, a igreja no país se depara com a presença de cartéis de drogas que cobram uma espécie de “licença pública” dos pastores para que possam continuar pregando a Palavra. É como um tributo que garante que a igreja permaneça de portas abertas, em algumas regiões.
Em algumas áreas, a extrema violência fez com que muitos cristãos fugissem de suas próprias vilas deixando tudo para trás. Militantes já saquearam e destruíram muitos locais de adoração, escolas e empresas de cristãos. Na parte norte do país, onde os muçulmanos são maioria, os novos convertidos são pressionados a negar a fé em Cristo. Em abril de 2020, um grupo jihadista com possíveis laços com o Estado Islâmico, matou 52 pessoas, incendiou igrejas e atacou aldeias.
Liberdade religiosa limitada
No geral, o país tem liberdade religiosa, mas é limitada. No norte da província de Cabo Delgado a perseguição é mais violenta, porque os extremistas afiliados ao Estado Islâmico passaram a atacar por lá. Mulheres e meninas cristãs sofrem com o assédio sexual, estupro e casamento forçado. Já os homens e meninos cristãos costumam ser mortos durante os ataques e deixam suas famílias incapacitadas financeiramente. E mesmo com todas essas dificuldades, a igreja continua crescendo em Moçambique.