POPULAÇÃO: 7,1 milhões
CRISTÃOS: 199 mil
RELIGIÃO: Budismo, cristianismo
GOVERNO: Estado comunista
LÍDER: Bounnhang Vorachith
POSIÇÃO: 30º na Lista Mundial da Perseguição
O Laos é um país do Sudeste Asiático, localizado na região da Indochina. Trata-se de uma república socialista de partido único. As atividades cristãs são fortemente monitoradas pelas autoridades comunistas, inclusive as de igrejas registradas.
Especialmente nas áreas rurais, as igrejas domésticas são forçadas a se reunir em segredo, pois são consideradas “ilegais”. A vida é especialmente difícil para os cristãos ex-budistas, que estão em risco de perseguição pela família e autoridades locais. Isso pode envolver danos ao patrimônio, confisco de bens e emissão de multas.
“Nunca tive paz na minha aldeia porque as autoridades locais e a comunidade me perseguem”, testemunhou Tou [nome fictício por motivos de segurança], líder de uma igreja doméstica no Laos.
Tipos de perseguição aos cristãos laosianos
De acordo com a Portas Abertas, os principais tipos de perseguição são a opressão comunista, pós-comunista e paranoia ditatorial. As autoridades locais de diversas áreas parecem ter a intenção de remover qualquer testemunho cristão.
Para uma mulher é especialmente difícil seguir a Cristo porque corre o risco de ser espancada, estuprada e assediada sexualmente. Sem contar o risco de isolamento social e casamento arranjado entre grupos tribais no Laos.
As cristãs laosianas também podem sofrer muito quando o marido é preso e detido pela fé. Isso traz pressão financeira, já que o marido tende a ser o provedor, além do estresse emocional. Pode ser ainda mais desafiador se o chefe da aldeia expulsar a família da comunidade.
Para os homens cristãos existem grandes desafios a partir do momento em que se convertem ao cristianismo. Eles podem enfrentar a prisão em condições severas e degradantes. A multa para conseguir a liberdade é altíssima.
Eles também são suscetíveis à hostilidade e ao tratamento injusto no local de trabalho, podendo ser negligenciados em empregos governamentais e militares ou até mesmo perder o emprego. Aqueles em treinamento militar são condicionados a dar lealdade ao Partido Comunista e odiar seus “inimigos”, o que inclui o cristianismo, por ser visto como uma religião ocidental e indesejada.