POPULAÇÃO: 133,8 milhões
CRISTÃOS: 128,2 milhões
RELIGIÃO: Cristianismo
GOVERNO: República presidencialista
LÍDER: Andrés Manuel López Obrador
POSIÇÃO: 37º na Lista Mundial da Perseguição
Embora o México seja um país cristão, está cada vez mais difícil a atuação dos pastores por lá. Isso porque os grupos criminosos e sua luta pelo controle territorial estão aumentando a cada dia. A liderança cristã tem sido cada vez mais ameaçada e se transformou no principal alvo deles.
Os cristãos mexicanos enfrentam a corrupção e o crime organizado, além da intolerância secular. Quem segue a Cristo é visto como uma pessoa fanática. Nas comunidades indígenas, quem decide abandonar as crenças religiosas ou práticas sincréticas da comunidade enfrenta rejeição e punição na forma de multas, encarceramento ou deslocamento forçado.
Os cristãos são vistos como uma ameaça por se oporem à corrupção e ao uso de drogas. Quem fala sobre a esperança em Jesus abertamente, fica na mira do tráfico de drogas e da violência das gangues, que buscam remover qualquer obstáculo na busca pelo controle.
Ataques às igrejas
Relatos locais mostram que, recentemente, muitas igrejas foram atacadas e grafitadas por manifestantes, desafiando o ensino cristão no país. O México disparou na Lista Mundial da Perseguição 2021, depois de ficar fora do ranking dos 50 países no ano passado.
Durante a pandemia da Covid-19, as atividades ilegais dos traficantes se espalharam, dificultando o trabalho da igreja. A sociedade mexicana parece estar aumentando seu compromisso com o secularismo em vez do pluralismo. Frequentemente, os pontos de vista cristãos não são bem-vindos na esfera pública.
As fontes de perseguição aos cristãos no México são: líderes de grupos étnicos, líderes religiosos não cristãos, parentes, cidadãos e quadrilhas, oficiais do governo, redes criminosas, partidos políticos e grupos de pressão ideológica. A estimativa é de que haja pelo menos 17 grupos criminosos principais agindo no país.
Como vivem as cristãs mexicanas
Apesar dos esforços do governo, nas comunidades indígenas, o casamento forçado ainda é uma tradição cultural. Mulheres cristãs são forçadas a se casar com homens indígenas não cristãos porque as autoridades tribais veem isso como uma forma de forçá-las a renunciar à fé cristã.
Em áreas controladas por traficantes de drogas, membros de redes criminosas expõem mulheres a abusos físico e verbal, inclusive violência sexual. Elas também são recrutadas como assassinas de aluguel ou são forçadas a se relacionar com membros do cartel.
As famílias de mulheres que se convertem ao cristianismo e desertam de grupos criminosos muitas vezes enfrentam estupro, ameaça de morte e vigilância constante como punição.
Desafios que os homens cristãos mexicanos enfrentam
Os jovens são expostos à doutrinação e recrutamento forçado por parte dos traficantes. Por causa das circunstâncias econômicas e sociais, muitos aceitam essas condições pacificamente.
Há relatos de que muitos homens cristãos são ameaçados, sequestrados ou até mortos. Às vezes, organizações criminosas subornam ou intimidam famílias para forçar os filhos a obedecê-las.
Os homens costumam enfrentar mais ameaças do que as mulheres e um nível mais alto de perseguição, pois geralmente são os chefes da família e líderes de igrejas. Os pais costumam ser os primeiros a serem ameaçados para intimidar a família. Essas ações têm como objetivo desencorajar outras pessoas de se interessarem pelo cristianismo e se converterem.