O pastor Lwin (nome fictício por motivos de segurança) vive em Mianmar, onde a perseguição aos cristãos começa muito cedo, porque os meninos são criados para se tornarem monges budistas.
Lwin seguiu a religião budista até conhecer Jesus. Atualmente, ele é líder cristão e ajuda os seguidores de Cristo que vivem em áreas budistas de Mianmar.
Certo dia, Lwin fez uma visita a Naing (nome fictício), um conhecido budista que trabalha numa escola. Enquanto eles tomavam chá e conversavam, um monge que trabalha como encarregado ali, se mostrou muito irritado.
“O que você está fazendo aqui?”, gritou a Lwin, deixando claro que a presença dele não era bem vinda naquele campus. E, antes que ele pudesse se defender, o monge encarregado jogou nele uma chaleira com água quente, ferindo o rosto e o pescoço.
O pastor prestou uma queixa às autoridades locais pelo tratamento injusto, para que aquela cena não seja repetida com outros cristãos. E também reclamou com o monge-chefe da escola. É comum que monges e budistas radicais persigam e intimidem as minorias cristãs que vivem na região.
Liberando perdão
Depois de participar de um treinamento para situações de perseguição, o pastor Lwin aprendeu a se posicionar diante dos budistas violentos, para conquistar o respeito da liderança budista. E deu certo.
Alguns dias após o incidente, seu amigo Naing ligou dizendo que o monge que o agrediu foi repreendido pelo monge-chefe. Depois de pedir desculpas, o monge-chefe perguntou qual punição deveria ser dada ao monge agressor.
Foi nessa hora que o pastor colocou em prática o que aprendeu no treinamento. Ele simplesmente disse: “Eu não quero revidar”. Lwin liberou perdão sobre aquela vida.
Sua atitude ganhou o respeito e o reconhecimento de todos os outros monges da escola. Além disso, todos os cristãos que estavam orando por aquela situação se alegraram muito com o resultado final.
“Eu aprendi a responder à perseguição com a Bíblia. Como pastor, entendo que não é correto se vingar dos agressores. Nesse caso, senti que o monge estava fazendo isso porque não conhece Deus e porque não consegue controlar a própria raiva”, justificou e concluiu.